Paraibano tem acesso sem gols, falta de estádio e tabela apertada


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Tabela apertada, falta de estádios e clube subindo de divisão sem ter vencido ao menos um jogo ou marcado um golzinho sequer. Esse é o sumário da edição 2014 do Campeonato Paraibano, que começa em 5 de janeiro.

Em tempos de Bom Senso F.C., com união dos jogadores nacionalmente por uma melhor organização do futebol, o Paraibano vai na contramão. A começar pela tabela da primeira fase, que terá 14 rodadas espremidas em 43 dias (em média, um jogo a cada três dias).

Mas tem clube que não terá uma folga “grande” assim. É o caso do recém-promovido Queimadense, que, em janeiro, vai entrar em campo nos dias 21, 23 e 25.

– Vai ser complicado, os jogadores, que nem foram contratados ainda, porque fomos pegos de surpresa com a desistência, serão prejudicados – contou ao L!Net o gerente de futebol Marizardo Miranda.

Junto ao Queimadense, o Sport Campina subiu de divisão graças à desistência de Esporte e Nacional, de Patos. O time de Campina Grande é protagonista de mais uma situação inusitada, já que não conseguiu fazer um gol sequer na Segundona, levando ainda 24 gols em seis jogos. Mérito não foi.

O Paraibano ainda vive uma situação delicada pela falta de estádios. Só o Amigão, em Campina Grande, será usado por três clubes: Campinense, Sport Campina e o próprio Queimadense.

– Por isso fica complicado mexer na tabela. Já está tudo contado por causa da falta de estádios aqui na Paraíba. Mas o governo está fazendo obras – diz a presidente da Federação Paraibana, Rosilene Gomes.

Enquanto isso, Treze e Botafogo-PB, que não jogam a primeira fase por estarem na Copa do Nordeste, veem as confusões de camarote.

FEDERAÇÃO CULPA CLUBES

A presidente da Federação Paraibana, Rosilene Gomes, argumentou que o formato do Estadual é de responsabilidade dos clubes, que optaram pelo regulamento vigente em um arbitral.

– Foram os clubes que elaboraram. Fui voto vencido. Só o presidente do Botafogo-PB me acompanhou. Só vai poder mudar o regulamento no ano que vem, para cumprir o Estatuto do Torcedor – afirmou Rosilene Gomes, esquecendo-se de que no Rio de Janeiro, por exemplo, a Ferj mexeu no formato do Estadual com aval do Conselho Nacional do Esporte, já que o calendário de 2014 foi mudado por causa da Copa do Mundo:

– O ano de 2015 vai ser melhor. Mas todos têm que fazer um sacrifício – completou.

Bate-Bola
Rosilene Gomes - Presidente da Federação Paraibana, ao LANCE!Net

Por que tantos jogos embolados no começo do Estadual?
O departamento técnico não consegue fazer milagre com esse calendário. Não tem data.

Diminuir o número de times participantes não ajudaria?
Com menos times seria melhor, mas não dá para mudar o regulamento agora. Dois desistiram, mas tivemos a obrigação de preencher as vagas abertas.

E sobre os estádios?
A maioria dos estádios são públicos. O governo e as prefeituras estão trabalhando para melhorar. Ano que vem vai ter mais opções.

‘Fuzuê’ na Paraíba

Nada de mérito
O Sport Campina conseguiu acesso à Série A mesmo tendo sido o lanterna da Série B, que tem quatro times. O time não venceu jogos, nem marcou gols. Pior: levou 24 gols em seis jogos. Mas como Esporte e Nacional, ambos de Patos, desistiram da primeira divisão, o Sport Campina acabou herdando uma improvável vaga.

Maratona
A tabela da primeira fase, disputada enquanto rola a Copa do Nordeste, terá 14 rodadas em 43 dias e vai começar em 5 de janeiro. O Queimadense, por exemplo, fará três jogos em uma única semana.

Estádio é raridade
Há poucos estádios. O Almeidão, em João Pessoa, receberá CSP, Auto Esporte e Botafogo-PB. O Amigão, em Campina Grande, será casa de Sport Campina, Campinense e Queimadense.

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