Palmeiras transforma ‘estádio do rival’ em Porcoembu e dá adeus à 2ª casa

Sequência Bruno Palmeiras (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)
Sequência Bruno Palmeiras (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)

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Foram quatro anos de espera, e depois de mandar 161 jogos fora do Palestra Itália, o Palmeiras faz às 19h30 deste sábado, contra o Atlético-MG sua última partida antes da volta ao Allianz Parque. Bater o mistão do Galo deixará o time ainda mais perto de se garantir na elite, e encerrará bem a relação com o Pacaembu, casa desde as obras no Parque Antarctica, mas que demorou para agradar.

Técnico entre 2010 e 2012, Luiz Felipe Scolari, por exemplo, não se sentia confortável quando o time atuava no estádio municipal.

– Jogar no Pacaembu é mais fora do que em casa. Perdemos muitos pontos aqui. Para mim é melhor jogar fora de casa – disse o atual comandante do Grêmio, em 2012. Ele, pouco depois, se arrependeu, mas ainda assim preferiu disputar a Copa do Brasil na Arena Barueri.

O time foi campeão no acanhado estádio, só que foi no Pacaembu onde o Verdão mais jogou no período, e o local que a torcida abraçou. Apesar das decepções e tropeços, o retrospecto é positivo no estádio: 64,4%.

Apesar de acolhido no Paca, o jogo deste sábado traz a ansiedade pela reestreia da arena. Nem o técnico Dorival Júnior esconde a expectativa.

– Todos os times que não tiveram sua casa foram prejudicados, e brigaram pelo rebaixamento. O Palmeiras não é diferente. Esta volta será fundamental. Está na hora de o Palmeiras crescer como o grande do futebol brasileiro que é.

Palco de 26 títulos, como o Rio-São Paulo de 1993, e o Brasileiro de 1994, o Pacaembu será agora uma parte saudosa na centenária história do Verdão. A partir do dia 19, inicia-se uma nova fase para o clube. Nesta noite, pela última vez antes do Allianz Parque, é hora de mostrar que o estádio é, de fato, o Porcoembu.

BONS MOMENTOS NO PACA...

Acesso
O jogo não foi o ideal (um 0 a 0 com o São Caetano), mas foi no estádio municipal que o Verdão garantiu sua volta à elite do Brasileirão, no fim de 2013, com seis rodadas de antecedência. Quase 34 mil pessoas estiveram no jogo, que contou com homenagem a ídolos e o lançamento da camisa amarela alviverde.

Torcida comemora o acesso à elite do futebol brasileiro (Foto: Ale Cabral/LANCE!Press)

Vitórias apertadas
Neste período sem o Palestra, o Palmeiras não comemorou títulos no Pacaembu, mas conquistou grandes vitórias. Na Libertadores de 2013, em situação delicada no grupo, o Verdão venceu Tigre (ARG) e Libertad (PAR) para passar às oitavas. Em 2010, bateu o Vitória por 3 a 0, após perder na ida por 2 a 0, e passou na Sul-Americana. Neste ano, o único triunfo em clássicos foi lá: 2 a 0 sobre o São Paulo.

MAUS MOMENTOS NO PACA...

Libertadores
O Palmeiras vinha de um empate em 0 a 0 com o Tijuana (MEX) e contava com o maior público de 2013 no Pacaembu: mais de 34 mil pessoas. Um frango de Bruno, porém, jogou por água abaixo todos os sonhos da equipe no torneio, e a derrota por 2 a 1: eliminação nas oitavas de final do torneio continental.

Frango de Bruno encerrou o sonho de vaga na Libertadores (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)

Sul-Americana
Em 2010, a única chance de título do time era a Sul-Americana, e o primeiro passo para chegar à final do torneio foi dado: vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, na semi disputada no Serra Dourada. No Pacaembu era preciso só de um empate e o time até saiu na frente. Mas o Esmeraldino, então já rebaixado no Campeonato Brasileiro, virou a partida no estádio e tomou a vaga do Palmeiras de forma inesperada.

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