Pai de Kardec detalha impasse com Verdão: ‘Tínhamos aceitado R$ 220 mil’


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Depois de Paulo Nobre anunciar que Alan Kardec não é mais jogador do Palmeiras e que já está acertado com o São Paulo, o pai do jogador deu sua versão sobre a novela. Ainda reticente para confirmar que o filho, de mesmo nome, jogará no Tricolor, ele detalhou as idas e vindas na negociação com o Verdão, que teve entre os diversos impasses a falta de acerto salarial e o pagamento parcelado de luvas.

No sábado, quando o presidente do clube foi tentar evitar a saída do jogador, a decisão já estava tomada. Embora o dirigente tenha dito que o jogador tinha diminuído sua oferta apenas uma vez, o pai do camisa 14 alega que o "estica e puxa" foi longo.

- O número que pretendíamos era em torno de R$ 270 mil, com produtividade. Fomos reduzindo, e várias vezes estava neste estica e puxa. Quando aumentava o fixo, diminuía produtividade, e vice-versa. Não saía do lugar. Pedimos um valor X de luvas, e eles propuseram de pagar 60% disto, e concedemos. Mas eles queriam pagar em cinco anos (prazo do contrato que seria renovado). São 60 meses! Chiamos, e o valor caiu para 50%, e em três anos. Isso mostra que não abaixamos a oferta só uma vez - disse Alan Kardec pai, ao LANCE!Net.

- Escutamos lá diversas coisas que nos aborreceram, até que eu estava em uma reunião, e que no máximo seriam R$ 210 mil fixo, e nós não topávamos por menos de R$ 230 mil fixo. Não dava, era a última palavra. Produtividade é bom para jogador em final de carreira, promessa, que está vindo de contusão, mas eles tiveram um ano para testar meu filho e acho que ele correspondeu - reforçou.

Enquanto Nobre viajava ao Rio de Janeiro para a eleição de Marco Polo Del Nero na CBF, veio o principal impasse. Em uma reunião comandada pelo diretor-executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol, Omar Feitosa, as partes chegaram a um acordo. O presidente, contudo, foi consultado e não aceitou o pagamento daquele valor.

- Aquilo já estava cansando, conversávamos desde o dia 20 de fevereiro. O diretor que negociava soltou: por R$ 220 mil, vocês fecham? Eu falei: fecha agora, para acabar com aquela história. Eles disseram que precisavam consultar, e no dia seguinte apresentaram R$ 215 mil. R$ 5 mil a menos, o que é muito pouco no futebol. Parece que queria pisar, humilhar, brincar... Chateou muito. Eu decidi que meu filho não voltaria para Portugal (o Benfica é dono dos direitos do jogador) e e vou correr atrás de quem o queira - acrescentou.

Neste período, aberto a ouvir outros clubes, o estafe do jogador iniciou as conversas com o São Paulo e chegou a um acordo. Após dar sua palavra ao clube do Morumbi, Alan Kardec pai tornou-se irredutível. Como Nobre falou nesta tarde, ele foi comunicado no sábado que o atacante não ficaria em hipótese alguma. Embora ainda não diga que há o acordo com o Tricolor, o agente disse que o presidente palmeirense foi a sua casa em Barra Mansa (RJ) no sábado, mas não quis seguir as conversas.

- Ele (Nobre) veio na nossa casa, falei que não era questão de dinheiro, é a palavra de homem. Isto meu pai ensinou que vale mais do que cheque assinado. Teve dois meses para evitar que ele voltasse para Portugal, infelizmente não fez isto. Ele (Nobre) está cheio de boas intenções, entendo tudo, o caminho do futebol brasileiro é por aí, mas infelizmente não colocamos a assinatura no papel. Tinha dito até que por R$ 250 mil, sem produtividade, eu fechava, mas pagar menos do que isto a um centroavante da qualidade do meu filho é muito difícil. Depois do leite derramado correram atrás, disseram que cobriam qualquer coisa, mas não ia quebrar minha palavra - encerrou.

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