Operários do Parque Olímpico prometem manter a greve até com ordem judicial para acabá-la

Manifestação dos operários em greve do Parque Olímpico (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Manifestação dos operários em greve do Parque Olímpico (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)

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Sob chuva e com a participação de cerca de 10% dos 2.300 operários, os trabalhadores do futuro Parque Olímpico dos Jogos Rio-2016 realizaram uma passeata e interditaram parte da Avenida Abelardo Bueno, na manhã desta terça-feira. Durante a tarde, uma nova audiência conciliatória ocorrerá no Ministério do Trabalho com o objetivo de encerrar a paralisação das obras que atingiu o seu 13º dia.

- Mesmo que a Justiça dê ganho de causa para o consórcio (Rio Mais, responsável pelas obras do Parque Olímpico), os trabalhadores não vão voltar. Só retornaremos se nossas reivindicações forem atendidas – disse um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sintraconst) Alfredo Laeb, antes do início da passeata.

As principais reivindicações dos operários são o aumento do tíquete alimentação para R$ 300, pagamento de 100% de horas extras, além da extensão do plano de saúde para os familiares. O consórcio Rio Mais suspendeu as negociações com os operários desde quinta-feira, quando um acordo na Justiça do Trabalho determinou a volta imediata às atividades e não foi acatado.

A passeata desta terça-feira foi prejudicada pela chuva, o que provocou uma debandada de trabalhadores. Antes do início da manifestação, o caminhão de som pedia a participação de todos mas cerca de 50 dos 330 presentes não aderiram à caminhada.

Durante 56 minutos, os trabalhadores entoaram cânticos em prol de suas reivindicações e procuram manter o interesse e entusiasmo de todos. Frases como: “trabalhador pisando na bola, enfraquecendo o movimento, está sendo filmado” foram bradadas na tentativa de fazer com que ninguém desistisse da caminhada, que terminou ao som do Hino Nacional.

A promessa é a de que uma nova manifestação pacífica ocorra na quarta-feira, caso um acordo não seja celebrado nesta tarde. A organização do movimento prometeu levar 100 apitos e bandeiras do Brasil e pediu que os operários participem trajados de camisas pretas.

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