De olho nos rivais: Camarões, a seleção de um astro solitário
Após o fracasso em 2010, quando foi eliminada na fase de grupos com três derrotas consecutivas, a seleção de Camarões volta ao Mundial para enfrentar o Brasil, em Brasília, no último jogo do Grupo A da próxima Copa do Mundo. Antes, os africanos pegam México e Croácia, dois rivais encarados como duas finais, já que o resultado adverso contra os anfitriões já deve estar nos planos.
Os Leões Indomáveis não estão tão fortes como em 1990, quando chegaram às quartas de final e conquistaram a simpatia do mundo da bola com os gols de Roger Milla. Na Copa do ano seguinte, nos Estados Unidos, Camarões enfrentou o Brasil, na primeira fase, e foi derrotado por 3 a 0.
A equipe, treinada pelo alemão Volker Finke, entrou na onda de seguir a cartilha conservadora da Europa, apostando mais na marcação e na obediência tática do que na criatividade do futebol africano.
Todos os jogadores que foram chamados nos últimos jogos das Eliminatórias defendem clubes europeus. O destaque é o atacante e capitão Eto'o, que anunciou a aposentadoria da seleção, mas mudou de ideia um mês depois a pedido do presidente de Camarões, Paul Biya.
O astro do Chelsea é o líder de um time que conta com nomes pouco conhecidos no cenário do Velho Continente. No entanto, não é unanimidade. O próprio astro já reclamou que alguns companheiros não passam a bola.
COMO JOGA
O atacante Eto'o jogará isolado na frente. O meia de campo é povoado com jogadores de forte pegada, como Matip e Song, o último, mesmo na reserva do Barcelona, é o 'segundo astro' da seleção. Sem ousar, o técnico Volker deve apostar no 4-5-1, bem defensivo.