De olho em 2016, Zé Roberto justifica saída do Amil: ‘Tenho que estar livre’

Jorge Henrique visita hospital - Internacional (Foto: Arquivo Pessoal)
Jorge Henrique visita hospital - Internacional (Foto: Arquivo Pessoal)

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Os fatores que levaram José Roberto Guimarães a deixar o comando do Vôlei Amil para se dedicar exclusivamente à Seleção Brasileira se resumem a um motivo: Rio 2016. Ciente da responsabilidade de comandar a equipe nos Jogos Olímpicos em casa, o treinador quer ter mais tempo para observar as jogadoras e preparar a equipe da melhor forma possível.

- Durante esses dois ciclos olímpicos (2008 e 2012), eu optei por sair do Brasil até para aprender, dirigir jogadoras de outros países para o processo da seleção. Foram três anos de Itália e depois dois de Turquia, onde tive a oportunidade de fazer a mesma coisa, disputar a Champions League, dirigi grandes jogadoras. Foram importantes essas experiências pensando na Seleção. E agora está se aproximando os Jogos do Rio de Janeiro - disse o técnico, durante entrevista coletiva para anunciar oficialmente sua saída da equipe de Campinas.

O treinador admitiu um fator relevante para sua decisão: o incômodo de enfrentar constantemente jogadoras de Seleção por outros clubes. São os casos de Osasco, Sesi e Rio de Janeiros, três dos principais rivais do Amil, que contam com boa parte das atletas da Seleção.

- O que mais me incomoda é jogar conta essas jogadoras que eu dirijo na Seleção. Isso me deixa desconfortável. A gente não pode ter desgastes e precisamos começar a nos concentrar (para Rio 2016). A responsabilidade vai ser grande e a gente sabe que vai ser muito difícil e complicado. Como eu acredito que tudo é preparação, eu já estou procurando me preparar. Esse é o momento e infelizmente eu sinto muito. A despedida das meninas (do Amil) foi um dos dias mais tristes. Essa separação está sendo traumática por todo significado, mas ao mesmo tempo eu tenho que pensar na Seleção do meu país. E eu não gostaria de continuar dessa maneira. Eu tenho que estar um pouco mais livre.

“Livre”, Zé Roberto poderá acompanhar mais de perto o desempenho das jogadoras nos seus clubes, sobretudo no exterior, onde acredita que boa parte das atletas de ponta estarão na próxima temporada.

- O fato de ficar na Superliga prende um pouco, para não dizer muito. Na realidade eu preciso sair um pouco do Brasil, estudar um pouco mais, acompanhando algumas jogadoras que vão estar fora. Eu acredito que esse ano infelizmente a gente vá ter um continente maior de jogadoras fora do Brasil, que não é o que eu gostaria. São boas jogadoras e muitas delas estão sendo procuradas por times europeus, principalmente - concluiu.

Além dos Jogos Olímpicos de 2016, José Roberto Guimarães prepara a Seleção para a disputa do Campeonato Mundial deste ano, que será realizado de 23 de setembro a 12 de outubro, na Itália. Em busca do título inédito, o Brasil é cabeça de chave do Grupo B, que conta Sérvia, Turquia, Camarões, Bulgária e mais um representante da América do Norte ou Central, que será definido em junho.

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