Odílio se orgulha de reduzir dívida, mas Santos é cobrado por parceiros

Lance de jogo entre Voleisul/Paquetá Esportes e São José Vôlei (Foto: Divulgação/Daniel Nunes)
Lance de jogo entre Voleisul/Paquetá Esportes e São José Vôlei (Foto: Divulgação/Daniel Nunes)

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Odílio Rodrigues deixará a presidência do Santos no próximo dia 6 orgulhoso pelo seu trabalho de cinco anos no clube, contando o período de 2010 a meados de 2013, quando era vice. Dentre suas realizações, ele gosta de exaltar a profissionalização de departamentos e também a redução da dívida. Quando ele e Luis Alvaro Ribeiro foram eleitos no fim de 2009, o Peixe tinha cerca de R$ 87 milhões em dívidas. O valor é de aproximadamente R$ 75 milhões hoje. Além disso, há quase R$ 100 milhões a serem pagos no acordo da Timemania.

Com uma planilha em mãos, o presidente alvinegro visitou a redação do LANCE! e falou sobre as condições financeiras que deixará a seu sucesso. Ele refutou críticas da oposição e afirmou que pagou R$ 50 milhões dos débitos deixados pelo ex-presidente Marcelo Teixeira, embora tenham contraído novas dívidas. 

– A gente pegou uma dívida de mais ou menos R$ 80 milhões, pagamos R$ 50 mi. Sobraram R$ 30 milhões e fizemos mais R$ 45 milhões de dívidas. Agora tem R$ 75 milhões – comentou Odílio, que lembrou que os R$ 42 milhões emprestados pelo Doyen Sports para a compra de Leandro Damião não estão na conta, já que ele é um “ativo” do clube.

Odílio, porém, sabe que apesar da redução da dívida a situação santista é preocupante. Mesmo com a venda de Neymar, o Peixe teve déficit de R$ 40 milhões em 2013. Esse ano, deve fechar no vermelho de novo.

Além de estar atrasando salários e direitos de imagem dos jogadores e funcionários, o Santos vem sofrendo cobranças de empresários, fornecedores, clubes e até parceiros. É o caso por exemplo do Doyen Sports, fundo maltês, que apesar de ter participado das contratações de Damião e Lucas Lima está irritado com o Peixe por conta do “calote” no repasse de cerca de R$ 12 milhões da venda de Felipe Anderson. A Teisa, outro grupo de investimento parceiro do Peixe, não recebeu sua parte na negociação de Montillo com o Shandong (CHI), nem pelo empréstimo de cerca de R$ 4 milhões feito no início do ano.

Indagado sobre essas e outras cobranças, como as de Remo e Ponte Preta por negócios envolvendo Cicinho e Rildo, respectivamente, mais a dívida com o empresário de Bruno Peres, Odílio lembrou que também há quem deve ao Santos.

– O Vasco não pagou o salário do André, nem o Vitória bancou o David Braz quando eles foram emprestados, como era o combinado. Tem outros clubes, alguns do Paraná. É bom a oposição saber (risos).

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