New York Times sugere favelas cariocas como alternativa de hospedagem durante a Copa

Carol assume a responsabilidade de ser titular na Unilever (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Carol assume a responsabilidade de ser titular na Unilever (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

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O influente jornal americano New York Times publicou reportagem abordando a escassez de vagas nos hotéis do Rio de Janeiro durante o período de realização da Copa do Mundo. O texto discorre sobre o aumento dos preços das diárias na rede hoteleira, mas adianta que muitos turistas, amantes do futebol, que desejarem visitar o país quando a bola rolar, terão como alternativa a opção de se hospedarem nas favelas cariocas.

O jornalão americano, porém, ressalva que a estadia nas comunidades do Rio tem seu preço. Segundo a reportagem, em muitos casos, sobretudo nas favelas ainda não pacificadas, os hóspedes terão de conviver com a presença ostensiva do tráfico e os tiroteios frequentes. A rotina de violência é compensada com o preço (R$ 100 o pernoite) cobrado pelos moradores.

A reportagem cita ainda que os albergues disponíveis no Rio, embora modestos, têm cobrado preços considerados abusivos, 450 dólares (cerca de 1.074 reais), para hospedar os hóspedes durante o Mundial. O texto  menciona a favela da Rocinha, encravada na Zona Sul do Rio, cujos moradores estão oferecendo suas casas para abrigar os turistas durante a Copa. "A aventura de se hospedar em albergues dentro de uma favela tem seu preço", destaca o NYT.

De acordo ainda com o jornal,  é esperado no Rio um contingente de 300 mil visitantes, mas a cidade, salienta a reportagem, tem apenas 55.400 leitos disponíveis. A defasagem teria impactado os valores da tarifas: em média, dobraram diante dos preços cobrados em outros períodos, cita o jornal.

A publicação menciona ainda que “calor humano e autenticidade” dos moradores das comunidades pacificadas são pontos positivos, que podem ajudar na hora do turista escolher onde ficar durante a Copa. A proximidade do evento fez surgir o mote "Favela Experience", cuja filosofia é disponibilizar "acomodações acessíveis durante a Copa do Mundo". As autoridades brasileiras ligadas ao setor de turismo estimam que o Brasil deverá recepcionar cerca de 600 mil turistas durante a Copa do Mundo.

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