Ministério vê briga em Joinville como ‘vexame’ e convoca reunião


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A pancadaria na Arena Joinville, entre torcidas organizadas de Atlético-PR e Vasco, foi a motivação para uma reunião que ocorrerá na próxima quinta-feira, em Brasília, convocada pelo Ministério do Esporte. A pasta chamou os Conselhos Nacionais dos Ministérios da Justiça e do Esporte, além de CBF, clubes e Procuradoria-geral da República para debater uma aplicação mais efetiva do Estatuto do Torcedor.

Segundo o secretário nacional de futebol, Toninho Nascimento, que esteve na abertura do Footecon nesta terça-feira, o assunto gera preocupação.

- O governo está preocupado. É um vexame o que aconteceu. Estamos tomando medidas imediatas. Na quinta-feira tem uma reunião em Brasília. Temos que conversar. É inadmissível - disse Toninho, que defendeu a presença da Polícia Militar dentro dos estádios:

- O futebol brasileiro não pode prescindir da polícia militar nos jogos de futebol. Nós do Ministério acreditamos que a PM é fundamental nesses espetaáculos. Não é porque o evento é privado que a segurança tem que ser privada.

O secretário citou a realidade da Inglaterra quanto à violência nos anos 1980. Na visão de Nascimento, o Brasil, hoje, está mais avançado do que os ingleses na época.

- Tem gente comparando o que a Inglaterra passou no período de Margaret Thatcher. Ao contrário dela, temos uma legislação, temos um Estatuto do Torcedor. Estamos mais avançados hoje do que a Inglaterra na época. É previsto prisão no Estatuto. Tem que prender. De tudo o que vimos domingo, só três foram presos. Não são torcedores, são vândalos - completou.

Na visão de Toninho, que reflete o que é pensado pelo Ministério do Esporte, o fim das organizadas não é a solução.

- Acho que a solução não é excluir as organizadas. É como se, com o aumento de atropelamento de pedestres, proibíssemos andar de carro. As organizadas têm cerca de 1,5 mil membros e não são todos vândalos, mas é claro que elas têm que ser punidas. Temos que cumprir o que tá escrito. Achamos que é preciso criar uma nova lei, mas tem que cumprir o que está já definido - finalizou o secretário.

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