Messi passa Maradona, mas ainda busca independência em Copas e na seleção

Campinho - Seleção da Holanda
Campinho - Seleção da Holanda

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O lesionado Di María destina carinhosamente um beijo nos cabelos molhados de Lionel Messi. A cabeça do gênio também é tocada pelas mãos de Alejandro Sabella e, em seguida, pelo goleiro reserva Andujar. Todos eles, a seu modo, com gestos esperançosos e de confiança para o camisa 10, antes da prorrogação. Como se dissessem "Vamos, Leo! Precisamos de você!", em um ato de clamor após exibição apagadíssima do craque, quase invisível na Zona Leste durante os 90 minutos.

A "hinchada"  também pediu por Messi no tempo extra, mas o astro não respondeu em campo e, pela terceira Copa consecutiva, ainda está em branco nos momentos mais decisivos do torneio, os mata-matas.

Desde 2006, na Alemanha, até esta quarta-feira, em Itaquera, foram seis partidas eliminatórias e nenhum gol. Todas as cinco bolas na rede que tem em Mundiais aconteceram na etapa de grupos - quatro em solo brasileiro, um na Europa e zero na África.

Pouco inspirado e bem marcado pela Holanda, o rosarino finalizou apenas uma vez a gol. Cobrou falta aos 14 minutos e Cillessen defendeu sem dificuldade. Nos demais 106 minutos, provocou um cartão amarelo para Indi, parou no bloqueio de Vlaar e, em um raro rompante, serviu Palacio, que desperdiçou arremate. Muito pouco para o craque e demolidor de recordes que é e ainda será.

No dia do 198º aniversário da Independência da Argentina, o prodígio se tornou o sexto jogador que mais vestiu a camisa alviceleste, com 92 apresentações. Deixou Diego Armando Maradona (91) para trás e corre a passos largos para ultrapassar Ruggeri (97), o amigo Mascherano (104), Simeone (106), Ayala (115) e a lenda Javier Zanetti (145).

A maior consagração pelo seu país ainda está por vir, e o futebol parece reservar o melhor dos palcos para as grandes arrancadas e, esperam os hermanos, o gol mais importante da Pulga com as cores que ama.

No horizonte surge o Maracanã, templo reconhecido mundialmente pela sua mística e palco da decisão de domingo, contra a Alemanha. E onde Messi esperar gritar a sua independência.

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