Mesatenista e alternativo, Ferraz briga por posição de ‘igual para igual’


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Ao invés de estar com fones de ouvido escutando pagode ou funk, cena típica em um ônibus com jogadores de futebol, o lateral-direito Victor Ferraz se destacava entre os santistas com uma atividade diferente: ele se concentra na montagem de um cubo mágico.

O exercício de paciência, retrata bem as características do atual titular do Peixe na ala: a calma.

Contudo, os hábitos atípicos para um boleiro, vão mais além.

– Hoje eu sou viciado em séries americanas, como Prision Break, Lost, Game of Thrones. Nas horas vagas eu gosto de jogar tênis de mesa, já frequento um clube aqui em Santos onde o pessoal joga bastante. Na Paraíba eu cheguei a disputar campeonato quando eu era mais novo, gosto bastante mesmo - contou sobre seus hobbies.

Conversando com a reportagem do LANCE!Net, Victor deu entrevista com muito bom humor e sem demonstrar nervosismo. A irreverência vem desde os tempos de juventude, na Paraíba, sua terra natal.

Estudioso da Bíblia, Ferraz mostra que a paciência fora dos gramados colocada em prática na hora de vestir a camisa do Peixe tem dado resultado, o que fez com que o técnico Enderson Moreira o elogiasse.

– Como o professor Enderson sempre fala, temos que estar preparados, e eu me preparei. Eu sabia que minha hora ia chegar – comenta.

Desde o início da temporada, Cicinho, que era o titular da ala direita, sentia dores na coxa esquerda. Hoje, ele já treina sem se queixar, mas não há nenhum indício de sua volta ao time principal do Alvinegro. 

Com a mesma calma de sempre, Victor Ferraz vai conquistando a comissão técnica e um espaço cobiçado no elenco santista. O próximo passo é conquistar a torcida.

Confira o bate-bola com Victor Ferraz:

A imagem de você brincando com um cubo mágico, na Santos TV, foi curiosa. É um hobbie seu?
Eu gosto desses desafios. Essas coisas que me desafiam me interessam. Aprendi a montar e estou passando para a rapaziada.

Você disse que gosta de séries. Já aprendeu algo com elas que você aplicou no futebol?
Eu vejo essas coisas mais para tirar o futebol da cabeça. Você só vive o futebol, no videogame, na televisão, então é uma forma que eu arrumei de me desligar um pouco.

Sempre jogou como lateral?
Comecei como volante e meia. Com 17 anos me jogaram para a lateral e me adaptei. Foi o técnico Sérgio China, no Náutico, que me deslocou para a lateral. Eu me acostumei e gostei da posição. Gosto de correr e de marcar.

Por que é difícil achar um lateral que saiba marcar e que avançar?
É muito difícil. Tem que ter força para atacar e marcar. Atacante descansa quando o time defende, zagueiro descansa quando o time ataca, lateral está participando sempre. Tem esse lado ruim da posição, mas acostuma.

Hoje a briga pela posição na lateral é de igual para igual?
A briga sempre foi de igual para igual. O Enderson é coerente e procura ser justo. A briga é de igual para igual com todos, Cicinho, Danie Guedes, Crystian.

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