Mergulhado em crise, RJ Vôlei perde jogo e vice-liderança para o Sesi


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O esforço dos jogadores do RJ Vôlei ficou evidente em mais uma tentativa de afastar a crise financeira que atormenta o elenco. Porém, nem mesmo o apoio da torcida no Ginásio do Tijuca Tênis Clube evitou a segunda derrota consecutiva do time do levantador Bruninho. Com um saque eficiente, o Sesi-SP levou a melhor sobre os cariocas na noite deste sábado, vencendo por 3 sets a 1, parciais de 21-19, 24-22, 20-22 e 21-19, em jogo da décima rodada da Superliga Masculina.

Com o resultado, o Sesi assumiu a vice-liderança no lugar do RJ, com 23 pontos, contra 21 dos cariocas. O Sada Cruzeiro, que passou pelo Moda/Maringá na mesma noite, mantendo a invencibilidade, disparou na liderança com 27.

O Troféu VivaVôlei de melhor em quadra ficou com o jovem Lucarelli, responsável por 12 pontos ao sair do banco de reservas e entrar no lugar de Murilo, ainda no primeiro set. O oposto Leandro Vissotto, que voltou a jogar após duas rodadas de ausência em razão de um problema na panturrilha, foi o maior pontuador, com 18 acertos.

– Já sabíamos que seria um jogo difícil e, como não esperávamos que o Vissotto fosse jogar, não o marcamos tão bem. Ficamos um pouco perdidos no início do jogo, mas ele teve seus méritos. Nós vacilamos um pouco, o que dificultou muito o jogo, mas o mais importante mesmo foi ganhar de 3 a 1, conquistar os três pontos e, consequentemente, assumirmos a vice-liderança – comemorou Lucarelli.

O jogadores do RJ contaram com apoio intenso do público presente. Solidários com os atrasos de salários que vêm abalando o elenco fora das quadras, alguns torcedores estenderam faixas com a mensagem "estamos com vocês". Um pequeno grupo vestiu as cores pretas após mobilização pelas redes sociais.

Na próxima rodada, o RJ Vôlei joga contra o Kappesberg/Canoas, na terça-feira que vem, às 20h, no Ginásio La Salle. Já o Sesi concentra suas atenções no duelo contra o Montes Claros, que só acontecerá no próximo sábado, às 17h, na Vila Leopoldina.

O JOGO

Além de ter de lidar com a turbulência financeira, os comandados de Marcelo Fronckowiak precisavam levantar a cabeça após a perda da invencibilidade para o Vivo/Minas, na última rodada. E foi nesse clima de reabilitação que os cariocas iniciaram o duelo, chegando à primeira parada técnica com vantagem de um ponto. A equipe da casa era beneficiada por erros do time da capital paulista, como duas invasões da área de saque em sequência.

Mas bastou aos comandados de Marcos Pacheco controlarem melhor a mão na hora de sacar para passarem à frente. Um erro de Mário Júnior na recepção resultou em bola de xeque e vantagem de dois pontos para os visitantes. Evandro cresceu no jogo, e Lucarelli resolveu quando foi chamado. Na reta final, erros de saque prejuducaram o RJ. E Lucarelli, com uma bomba na diagonal, frustrou a torcida carioca ao decretar o fim do set.

O RJ voltou para a segunda etapa tentando utilizar o bloqueio como arma para recuperar o ânimo. Rodrigão armou um muro sobre Lucão. Pouco depois, foi a vez de Vissotto segurar a tentativa de Ary. E o oposto também resolveu brilhar no saque, fazendo o time carioca abrir dois de vantagem (10 a 8) e obrigar o Marcos Pacheco a pedir tempo.

De início, a tentativa não surtiu efeito. Mas na reta final, assim como no set anterior, o Sesi reagiu, e o duelo ficou marcado pelo equilíbrio. Mais uma vez, a luta dos cariocas terminou em frustração quando Vinícius cravou na paralela do lado de fora da quadra rival.

O mesmo Vinícius retornou como titular para o terceiro set, já que Thiago Alves sentiu dores no ombro após um saque mal executado na etapa anterior. O substituto voltou para a quadra disposto a levantar o time, mas a missão era difícil. No saque de Lucão, Thiago Sens e Mário Júnior só olharam a bola cair em sua quadra. Enquanto os erros se somavam na quadra carioca, a confiança do time paulista só aumentava.

Mas quando a vitória parecia encaminhada, Franckowiak acionou o banco para mudar o rumo do confronto. Rodriguinho e Bob, na inversão, fizeram a diferença. Rodrigão estacionou no saque e ajudou a virar o placar. E num lance inusitado, em que o mesmo Vinícuis que errara na etapa anterior passou a bola de toque para o outro lado, sem defesa, o RJ chegou ao triunfo.

A esperança de Bruninho e companhia era de que a reação fosse refletida na volta para o quarto set. Mas, se o Sesi tinha Evandro em grande noite, o time carioca não contava com a eficiência de Vissotto neste momento do duelo. Mário Júnior, que já falhara na tentativa de dominar uma bola de toque para armar contra-ataque, voltou a se enrolar. Num bloqueio em Ualas, o Sesi fechou o jogo.

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