Meia em extinção, Lucas Lima foge do ‘boleirês’ e esbanja sinceridade


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Lucas Lima tem 23 anos de idade, quase quatro como profissional, mas parece ainda não ter aprendido o "boleirês".  Em entrevista ao LANCE!Net, o meia santista, contratado do Internacional no começo do ano, esbanjou sinceridade e contou um pouco mais de sua vida, carreira e as preferências que tem dentro e fora de campo.

Principal armador do elenco, Lucas briga por uma posição entre os titulares. E, ao invés do discurso tradicional, colocando a escalação nas mãos do técnico e ficando em cima do muro, o meia deu seu pitaco:

– Sou daqueles a favor de que todo time tem de ter um camisa 10, que possa armar – comentou Lucas, um "meia clássico", jogador cada vez mais raro no futebol.

– Pelo que todo mundo fala, está difícil encontrar armadores, há poucos no mercado. Eu fico feliz por ser um e vou seguir trabalhando para mostrar meu valor - acrescentou.

Por falar em meia, a sinceridade de Lucas volta a aparecer ao ser perguntado sobre seu ídolo de infância. Pelé? Diego? Que nada! Ele cita um ex-jogador do rival São Paulo.

– Sempre gostei do Raí! – disse, antes de também citar Zidane, Messi e Neymar.

Nascido em Marília, interior de São Paulo, Lucas passou por Inter de Limeira, Internacional e Sport, clube no qual se destacou ano passado, na Série B. Se não fosse o futebol, a vida dele seria muito mais difícil... O "super sincero" diz o porquê:

– Nunca pensei (no que faria se não fosse jogador). Estudar nunca foi meu forte, então nunca parei para pensar. Sempre tive a cabeça focada em dar meu máximo no futebol, minha família apoiou e deu certo.

Além de sincero, Lucas demonstra maturidade. A ponto de reconhecer a importância da camisa que veste, a 10 que já foi do Rei, mas sem sentir a pressão disso.

– Tem um peso diferente. Quem vestiu ela foi o melhor de todos os tempos! As do Inter e a do Sport também tinham (um peso). É uma honra – afirma o meia, que jamais esquecerá como foi vestir a 10 logo na estreia pelo Peixe, na Vila Belmiro:

– Foi emocionante para caramba!

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O Abel Braga pediu a sua permanência no Internacional, mas mesmo assim você preferiu fechar com o Santos. Por que essa decisão?
Fiquei muito feliz de saber que ele disse isso, mas na época já tinha pintado o interesse do Santos. Eu já estava com a cabeça aqui. Então não pensei duas vezes, porque eu teria mais oportunidades aqui do que lá. O Inter é um time muito grande, mas o Santos também é. Optei pelo Santos pelo interesse que a diretoria mostrou por mim.

Você usou a camisa 10 na sua estreia e disse que foi muito emocionante. O que fez com a camisa?
Está guardada! Uma para mim e a outra vou dar para o meu pai. Não posso dar para mais ninguém.

Se acha um meia completo?
Não... Não me acho um meia completo. Eu não era de fazer tantos gols, mas ano passado até que fiz bastante (12). Quero fazer mais, aumentar a minha meta.

Sempre jogou de meia?
Sempre! Quando eu era pequeno, joguei de ponta-esquerda, mas fui para o meio e nunca mais saí.

Já é reconhecido nas ruas?
Os torcedores ainda estão me conhecendo. Já me identificaram no meu prédio (risos), mas só isso.

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