Mano adia visão da Seleção para ‘hora adequada’, mas pede nova filosofia


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O fraco desempenho da Seleção Brasileira durante toda a Copa do Mundo, em especial na goleada por 7 a 1 sofrida na semifinal para a Alemanha, ainda rende para o técnico Mano Menezes, antecessor de Luiz Felipe Scolari e demitido do comando da equipe nacional em novembro de 2012. O treinador do Corinthians, tirado do "projeto Copa" no meio do caminho, já havia evitado o assunto na única entrevista coletiva que concedeu durante a pausa do Mundial, em Uberaba (MG), mas foi bombardeado nesta quinta-feira, véspera do reinício do Campeonato Brasileiro, e não conseguiu escapar.

As quatro primeiras perguntas da entrevista coletiva foram justamente sobre o rendimento da Seleção Brasileira, o desempenho da Alemanha e o placar incomum na partida decisiva. Mano respirou fundo antes de cada resposta, se prontificou a discutir o assunto futuramente, mas avisou que não deseja dar margem para possíveis repercussões negativas de suas declarações. Assim, a opinião do ex-técnico sobre o fracasso foi adiada para um "momento mais adequado".

- Eu entendo e acho muito legítimo que vocês queiram fazer perguntas sobre a Seleção e a Confederação para mim, que sou técnico de um dos principais clubes do país e que recentemente passei por lá. Mas acho que esse momento não é adequado para ficarmos discutindo isso de forma pontual. Não vou me recusar de discutir isso amplamente, não vou me recusar de dar minha opinião tendo passado dois anos e meio lá. Mas penso que devemos fazer isso em outro momento, pois qualquer declaração em cima de uma eliminação como foi vai parecer outra coisa, não vai ter um efeito positivo - discursou o treinador.

Mano havia enfrentado a seleção da Alemanha em 2011 e também foi derrotado, mas por 3 a 2. Para ele, que mostrou ter razão no discurso pessimista daquela ocasião, não é nenhuma surpresa o título do time de Joaquim Low. E mais: o gaúcho ainda afirmou que a discussão sobre o futuro da Seleção Brasileira não passa necessariamente pela contratação de um técnico estrangeiro, mas principalmente pela mudança de filosofia.

- Não penso que a parte de nomes seja mais importante, e sim a filosofia, a ideia. E depois dessa ideia, você obviamente vai escolher as pessoas que compactuam com ela e sejam capacitadas pra desenvolvê-la em termos de futebol brasileiro, o que é muito mais amplo do que só a Seleção - discursou.

Após a quarta pergunta, Mano pediu para não falar mais sobre o desempenho da Seleção Brasileira e focou na disputa da partida contra o Internacional, nesta quinta-feira, às 19h30, na Arena Corinthians:

- Agora vou responder só de Corinthians.

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