Luka Modric, o ‘Ratinho’: superação dentro e fora de campo na infância

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“Muito pequeno”, “desnutrido”, “frágil” e até mesmo “raquítico”. Era assim que Luka Modric era visto na infância enquanto corria pelas ruas de Zadar, na Croácia, e quebrava com a bola mais vidros do que bombas.

Mas o garoto cresceu. Cresceu tanto que hoje é a maior esperança dos torcedores croatas na Copa do Mundo de 2014. O caminho percorrido pelo filho de um mecânico de aviões do exército e de uma costureira, porém, não foi nada fácil.

Em 1991, com seis anos, Luka conviveu com a morte do avô, vítima de um bombardeio das forças sérvias. Na época, a Croácia brigava para tornar-se independente da Iugoslávia. A guerra também fez com que a família Modric fosse morar em um hotel para refugiados.

Mas foi entre os destroços das batalhas que Luka Modric conheceu o futebol. De tanto jogar bola na rua, ganhou uma chance no NK Zadar. Em 2002, aos 17 anos, foi rejeitado pelo Hajduk Split, seu clube do coração. Pouco tempo depois foi contratado pelo Dínamo Zagreb.

Emprestado ao Zrinjski Mostar, da Bósnia, começou a trilhar o caminho da fama. Só que o “Miš” (Rato, em servo-croata) sofreu para atingir o posto de melhor jogador do Campeonato Bósnio.

– O “Miš” tinha talento. Era rápido e habilidoso, mas apanhava muito. O futebol bósnio era pura força física, tinha dó dele. De tanto apanhar, o Dínamo Zagreb ficou com medo e cancelou o empréstimo mais cedo – lembra o zagueiro brasileiro Ricardo, companheiro de Modric na Bósnia, ao LANCE!Net.

De volta ao futebol croata, em 2004, Modric deslanchou de vez. Foram quatro anos em alta com as camisas de Inter Zapresic (empréstimo) e Dínamo Zagreb. E não parou por aí. Sucesso no Tottenham, brilho no Real Madrid e idolatria na seleção da Croácia. Quem diria...

Jogador de poucas frases, galanteador de primeira

Além da habilidade e da criatividade dentro de campo, Luka Modric é conhecido fora dos gramados por ser um jogador reservado.

Mas o “croata de poucas palavras”, como é conhecido no Real Madrid, precisou deixar a vergonha de lado no telefone para conquistar a futura esposa Vanja Bosnic.

Filha do chefe de administração do Dínamo Zagreb, Vanja era economista em uma agência de esportes. Modric, que já conhecia a garota de vista, recebeu certo dia uma ligação dela para falar de “assuntos profissionais”. A conversa acabou durando três horas.

O longo bate-papo aproximou os dois, que se apaixonaram e se casaram. Poucos anos depois, o casal teve um filho: Ivan, em homenagem ao avô morto na guerra.


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