Liverpool escorrega na pressão em Anfield e cai para o Chelsea


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Torcer para o Liverpool é uma questão de resistência no cenário atual da Premier League. Tudo parece ser mais sofrido para esta que é uma das torcidas mais incríveis do futebol, pela paixão e fé que mantém em sua equipe. Sofrimento este que não poderia deixar de acompanhá-los, como provado neste domingo com o 2 a 0 a favor do Chelsea em pleno Anfield.

Alguns deles podem ter ficado preocupados após a queda, em meio a tanta festa que foi criada na esperança do fim do jejum de 24 anos. O drama aumentou de forma exponencial com o resultado deste domingo.

Gerrard, um símbolo destes fanáticos, o próprio torcedor em campo, foi o personagem do jogo. Escorregou e permitiu que a bola sobrasse para Demba Ba, que avançou e não desperdiçou o presente.

Um momento que certamente entrará para a história. Se o Liverpool ganhar o título, será lembrada como uma anedota contada pelos torcedores por anos. Caso contrário, vai ser o lance que exemplificará uma espécie de maldição, azar que só o torcedor verdadeiro do futebol entende e acredita.

Visto repetidas vezes, parece que uma força invisível deu uma rasteira em Gerrard. O meia não pode ser apontado como vilão, por tudo o que já dedicou ao Liverpool. Um típico caso de Sobrenatural de Almeida, diria Nelson Rodrigues.

Com a vantagem conseguida nos acréscimos do primeiro tempo, o Chelsea ficou dono do jogo. Afinal, a pressão estava toda sobre o Liverpool. Prova desta tensão foi o silêncio que se estabeleceu no estádio.

Mourinho passou a jogar como gosta. Chamou o adversário, porém o bloqueando na entrada da área. O Liverpool não encontrava espaços para construir jogadas. Chances, só em chutes de fora da área. Como o de Allen, que obrigou Schwarzer a fazer grande defesa. Suárez não via a cor da bola, porque ela não chegava. O ônibus de Stamford Bridge também estacionou em Anfield, como havia ocorrido no Vicente Calderón no meio de semana.

O espaço dado pelo Chelsea permitia ao Liverpool pressionar no abafa. Suárez teve a sua melhor chance nos acréscimos, mas o arremate foi defendido por Schwarzer. Só que a estratégia de Mourinho transforma os Blues em um time traiçoeiro. O contra-ataque sonhado é encontrado, Fernando Torres avançou por um campo vazio, não havia oponentes, o espanhol só rolou para Willian tranquilamente aumentar a tristeza em Anfield.

O Liverpool não furou a retranca. O campeonato está aberto, os Reds tem 80 pontos, contra 78 do Chelsea e 77 do City (que bateu o Crystal Palace por 2a 0). Ainda faltam dois jogos para Liverpool e Chelsea, e três para o Manchester City. O drama ainda terá capítulos pela frente.

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