Na Liga das Américas, clubes brasileiros mostram que estão em alta

Piadinhas - Horizonte x Fluminense (Foto: Reprodução)
Piadinhas - Horizonte x Fluminense (Foto: Reprodução)

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Enquanto a Seleção Brasileira masculina de basquete vive um momento de crise após o fraco desempenho na Copa América do ano passado, os clubes nacionais mostram sua força no cenário internacional. Nesta sexta-feira, Flamengo e Pinheiros iniciam a disputa do Final Four da Liga das Américas, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, podendo igualar o número de títulos dos ausentes rivais argentinos.

Na primeira semfinal, às 19h (de Brasília), o Pinheiros, atual campeão, enfrenta o Halcones de Xalapa, do México. Às 21h15, o Rubro-Negro terá pela frente o Aguada, do Uruguai. Os vencedores disputam a final, às 21h15 de sábado. O campeão ganha o direito de disputar o Intercontinental, em outubro, contra o ganhador da Euroliga de Basquete.

– A Seleção depende do clube e vice-versa. O NBB foi um passo importante rumo a um basquete mais sólido. Infelizmente, a Copa América foi um ponto fora da curva, em que não fomos nada bem (penúltimo colocado). Mas tenho certeza de que o Brasil mostrará sua força novamente no Mundial este ano – disse o ala-armador do Fla, Marcelinho Machado.

Para exemplificar o crescimento do basquete brasileiro, o jogador lembrou a conquista da Copa América, em 2009, o bom nível de jogo apresentado no Mundial de 2010, apesar da 9 posição, e a classificação para a Olimpíada de Londres-2012, em que o Brasil terminou em 5 lugar.

No Final Four, o país pode manter a hegemonia no continente e igualar os três títulos da Argentina. Ausentes pela segunda vez da fase decisiva do torneio, os argentinos venceram em 2007-2008 e 2009-2010, com o Peñarol de Mar del Plata, e em 2010-2011, com o Regatas Corrientes. O Brasil venceu em 2008-2009, com o Brasília, e no ano passado, com o Pinheiros. A equipe mexicana Pioneros de Quintana Roo faturou o troféu em 2012.

– Estamos mostrando a força do basquete brasileiro, que está mudando para melhor. As equipes estão investindo, o NBB está evoluindo e temos brigado de igual para igual com times argentinos e europeus. É muito especial para mim participar deste momento – afirmou o ala-armador do Pinheiros Shamell, eleito o melhor jogador (MVP) da Liga das Américas do ano passado.

Segundo Marcelinho, o fato de o Brasil atravessar bom momento econômico, enquanto a Argentina sofre com crise, possibilitou às equipes do NBB a contratarem melhores jogadores, inclusive argentinos. Ele, porém, acredita que a fase ruim dos rivais é momentânea e que voltarão a dar trabalho.

Laprovittola, o único argentino no Final Four

Sem times no Final Four pela segunda vez em sete edições – outra foi em 2008-2009 –, a Argentina também só tem um jogador na briga pelo título: o armador Laprovittola, do Flamengo, que pode ajudar o Brasil a igualar o número de títulos dos argentinos.

– Não penso nisso. Neste momento, estou numa equipe brasileira e vou fazer de tudo para ajudar na conquista para a grande equipe do Fla. Eu me sinto confortável no Brasil – disse o atleta.

Para Laprovittola, a Argentina vive período de transição.


FRASES:

“Não tinha percebido que não tinha jogador argentino. Sobre times, quando vi o duelo entre Regatas e Aguada pensei, na época, que não teríamos time argentino na final. Isso mostra a evolução das outras ligas. É produtivo para que todas as equipes tenham motivação a mais para poder investir” - José Neto, técnico do Flamengo.

“Chegamos pela segunda vez seguida no Final Four. Terá um sabor especial ser campeão no Brasil. E nenhuma equipe do país foi bicampeã do torneio” - Shamell, ala-armador do Pinheiros.

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