Léo se reúne com a direção do Santos e, aos 38 anos, decide se aposentar


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Depois de anos defendendo as cores do Santos e com oito taças levantadas pelo clube, restam mais sete dias para Léo como atleta do time da Vila Belmiro. Em reunião na tarde desta quinta-feira entre o jogador e os membros do Comitê de Gestão alvinegro, ficou decidido que seu vínculo, que acaba no próximo dia 30, não será renovado. Sendo assim, o último treino do maior campeão santista depois da era Pelé deve acontecer na quarta-feira.

A possibilidade de um jogo de despedida ainda não é descartada pelo Santos, porém o Guerreiro da Vila não tem vontade de fazer uma partida festiva. Depois de renovar seu contrato no fim do ano passado, o lateral-esquerdo passou por uma artroscopia no joelho direito e não teve uma recuperação fácil. Ainda nesta quarta, não participou do treino por estar com uma tendinite no joelho esquerdo, fatores que contaram na hora da decisão de encerrar a carreira aos 38 anos de idade.

Por conta desa série de lesões e o carinho pelo Santos, Léo não pensa em outro clube, e irá pôr fim a sua trajetória como jogador. O que ele não descarta é continuar no futebol em uma outra função, seja na comissão técnica ou na diretoria do Santos.

Desde que o técnico Oswaldo de Oliveira assumiu o Peixe em 2014, o atual meia fez só uma partida, contra o Mixto-MT, pela Copa do Brasil, em Cuiabá. Na ocasião, ele entrou no segundo tempo.

No site oficial do clube, o presidente em exercício, Odílio Rodrigues o agradeceu e enalteceu sua história.

- Consideramos o Léo um ídolo do nosso clube. Temos por ele um profundo respeito e desejamos a ele toda a felicidade e sorte do mundo. Como jogador, profissional e ser humano, sempre foi exemplar e acreditamos que a torcida do Santos FC o terá sempre como um grande ídolo. As portas do clube sempre estarão abertas para ele como acontece com todos os grandes craques que por aqui passaram e marcaram vitoriosamente a história do clube - disse o mandatário santista.

Em sua história pelo Santos, Léo fez 455 partidas, 24 gols e levantou oito taças: Brasileiro (2002 e 2004), Copa do Brasil (2010), Libertadores (2011), Recopa Sul-Americana (2012) e Paulistão (2010, 2011 e 2012). Com estes números, ele se tornou também o décimo jogador a mais vezes atuar pelo Alvinegro, na frente de Carlos Alberto, que tem 445 partidas. Em sua frente estão apenas os ídolos da década de 60, como Pelé, Pepe, Zito, Lima, Dorval, Edu, Clodoaldo, Tite e Coutinho, respectivamente.

Revelado pelo Americano, do Rio de Janeiro, Léo se destacou pelo União São João entre 1997 e 1999, quando se transferiu para o Palmeiras, onde não teve sucesso. Depois, voltou para o time de Araras e, em 2000, foi contratado pelo Peixe. O lateral entrou em campo pela primeira vez com a camisa alvinegra na derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, na Vila Belmiro, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, no dia 27 de agosto.

Após se consagrar pelo Santos, Léo despertou o interesse do Benfica (POR) e se transferiu para a Europa em 2005, no mesmo ano em que foi campeão da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira. Em Portugal, foi titular na campanha que levou o time de Lisboa às quartas de final da Champions League, e posteriormente foi eliminado pelo Barcelona de Ronaldinho Gaúcho.

O ídolo retornou para o Peixe em 2009, e dois anos depois fez parte da conquista da Libertadores, protagonizada por Neymar e Ganso.

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