Lances polêmicos marcam estreia do Timão na Copa Libertadores


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Dois lances polêmicos já no primeiro tempo da partida entre Corinthians e Once Caldas marcaram a noite na Arena Corinthians, que acabou com goleada por 4 a 0 dos brasileiros. O primeiro deles foi um gol anulado dos colombianos, em que a arbitragem marcou impedimento - seria o empate 1 a 1. O outro foi a expulsão de Guerrero aos 26 minutos, sete depois do gol.

No gol do Once Caldas, a bola foi cruzada na área em cobrança de falta lateral. Ralf desvia contra a rede de Cássio, mas atrás do corintiano há o colombiano Penco em posição de impedimento. Ex-árbitros, hoje comentaristas de TV, como Arnaldo César Coelho e Carlos Eugênio Simon, concordaram com a anulação alegando que o adversário induziu Ralf a ir na bola e desviá-la para o gol.

Uma nova orientação da Fifa na regra 11 do impedimento, de julho de 2013, porém, abre diferentes interpretações para o lance. Interferir na jogada, de acordo com o texto que está no site da entidade, significa "impedir que um adversário jogue ou possa jogar com a bola, obstruindo claramente o campo visual do adversário ou disputando a bola". Há margem para dúvidas, já que pode-se alegar que a corrida para a bola de Ralf e Penco é uma disputa, pois os dois correm na mesma direção. Por outro lado, pode-se interpretar que não houve obstrução clara do colombiano na jogada.


Depois da anulação, Guerrero foi expulso ao acertar Camilo Pérez com o braço em disputa de bola. O colombiano, que também acertou o adversário, só levou amarelo. O corintiano alegou que não quis agredir, mas o árbitro Patricio Loustau não vacilou em lhe dar o cartão vermelho, que já suspende o peruano para a partida de volta, na semana que vem, na Colômbia. O árbitro argentino já se envolveu em polêmica com o corintiano, como mostrou o L!Net no mês passado: em jogo pelo Peru, contra o Uruguai, Guerrero levou uma cotovelada no rosto, deixou o campo sangrando, mas Loustau nada fez. Na Argentina, o árbitro é conhecido pela imprensa local como o "homem da polêmica".

No segundo tempo, Murillo, que já tinha cartão amarelo, foi corretamente expulso ao acertar Fagner com o braço em disputa de bola. Fábio Santos levou justo vermelho por entrada violenta em Arango, já nos acréscimos. Confira opiniões da redação do L!Net sobre as polêmicas:

Maurício Oliveira, editor do L!
"A regra 11, do impedimento, não é clara como alguns comentaristas de arbitragem dizem, tanto que outros ex-árbitros consideram que o árbitro argentino acertou. Acho que Penco se beneficiou do lance ao pressionar Ralf e fazê-lo desviar a bola contra o próprio gol. Guerrero deu um tapa em Camilo Pérez e mereceu ser expulso. Pérez mereceu o cartão amarelo por pular com os braços na nuca do atacante peruano. O erro da arbitragem foi não ter punido Henao antes, por dar uma cotovelada em Guerrero no início do jogo."

Valdomiro Neto, editor do L!
"Ralf foi para a bola certamente porque viu o Penco correndo. Porém, acho que não houve a interferência prevista no texto da regra (de 2013). O lance do Guerrero foi de agressão. E agressão é expulsão. Simples assim. Contemporizar com expulsão não dá"

Thiago Salata, editor do L!
"Mesmo com a mudança da regra 11 em 2013, há espaço para interpretações diferentes na jogada do gol contra de Ralf. Mas não acho que houve interferência clara, como diz o texto, para se anular o gol. A expulsão de Guerrero foi justa: tentou uma cotovelada primeiro e depois deu um tapa no colombiano"

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