Justiça abre processo contra 25 integrantes da Gaviões e da Mancha por briga e mortes em 2012


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A Justiça de São Paulo acatou na última terça-feira a denúncia do Ministério Público e abriu processo contra 25 integrantes de facções organizadas de Corinthians e Palmeiras, pela briga que provocou a morte dos palmeirenses André Alves Lezo e Guilherme Vinícius Jovanelli Moreira, da Mancha Verde, em março de 2012.

A briga aconteceu antes de um clássico entre os dois times, na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo, e foi marcada previamente pelas redes sociais. De acordo com investigações do MP, a briga foi orquestrada pela Gaviões da Fiel, principal facção da torcida do Corinthians, a fim de vingar a morte do associado Douglas Karim de Souza, que teve o corpo encontrado no Rio Tietê, meses antes. As duas facções portavam armas de fogo, pedaços de pau e barras de ferro. Lezo e Moreira, que pertenciam à Mancha Verde, foram espancados até a morte no confronto.

Os 13 integrantes da Gaviões vão responder em liberdade às acusações de homicídio qualificado (por motivo torpe, artigo 121 do código penal) e formação de bando ou quadrilha (artigo 288). Entre os réus do processo estão o atual presidente da Gaviões, Wagner da Costa (o B.O); os ex-presidentes Douglas Deungaro (Metaleiro) e Antônio Alan Souza Silva (Donizete); e um dos candidatos à presidência na eleição que acontecerá na próxima sexta-feira, Rodrigo de Azevedo Fonseca (Diguinho), que responde a outro processo no qual é acusado de matar outro palmeirense, em 2005. De acordo com o "Blog do Perrone", no site "UOL", também é réu no processo Alex Sandro Gomes (Minduim), integrante da Gaviões e nomeado neste ano secretário parlamentar do deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP).

O juiz Paulo de Abreu Lorenzini, da 2ª Vara do Júri de São Paulo, também acatou a denúncia do MP contra 11 integrantes da Mancha por de formação de bando ou quadrilha - todos participaram da briga, segundo as investigações. Entre eles está Tiago Alves Lezo, irmão de um dos assassinados.

No total, 28 nomes constavam no processo inicial, mas a Justiça só aceitou 25. A promotoria vai recorrer para enquadrar os outros três nomes.

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