Invasões a outros CTs em São Paulo não resultaram em ações do Sindicato

Em abril de 2007, corintianos invadiram gramado da Fazendinha e fizeram 'limpeza' do elenco (arquivo LANCE!PRESS)
Em abril de 2007, corintianos invadiram gramado da Fazendinha e fizeram 'limpeza' do elenco (arquivo LANCE!PRESS)

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O Corinthians, que está sendo processado pelo Sindicato dos Atletas de São Paulo, não foi o único clube paulista que teve sua propriedade invadida por integrantes de torcidas organizadas. Nos últimos anos, Palmeiras, São Paulo e Santos também sofreram com tal intolerância sem qualquer ação trabalhista do Sapesp.

Alguns casos envolvendo outros três grandes paulistas foram emblemáticos. Em abril de 2002, cerca de 30 são-paulinos invadiram o CCT da Barra Funda para protestar contra os maus resultados. Os torcedores espalharam milho pela arquibancada e colocaram faixas chamando os atletas de pipoqueiros. Os mais perseguidos foram o zagueiro Wilson, o atacante França e o lateral-direito Belletti. O treino estava fechado para a torcida, que invadiu quando um carro da imprensa entrou no CT.

Em agosto de 2010, o São Paulo voltou a ser alvo do mesmo problema. Cerca de 50 integrantes de torcidas organizadas foram autorizados a entrar no CCT durante a reapresentação do elenco. Os alvos principais foram Alex Silva, Renato Silva, Junior Cesar e Cléber Santana.

- Parte da torcida veio manifestar, então tínhamos de ouvi-los. Deixamos os torcedores entrarem para evitar um comportamento de insatisfação exagerada - admitiu o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, à época.

Em novembro de 2006, palmeirenses ligados às principais torcidas uniformizadas do clube invadiram a sala do presidente do clube, no Palestra Itália, e entregaram pedidos de demissões de dirigentes. Três anos antes, um protesto no CT da Barra Funda acabou com torcedores acorrentados nos portões e polícia no local.

O CT do Santos também foi alvo de alguns protestos nada pacíficos. Em novembro de 2005, Serginho Chulapa teve de acalmar invasores santistas, que invadiram o local para demonstrar indignação com os maus resultados. Os manifestantes estouraram rojões e cobraram providências. Quatro anos antes, mais precisamente no dia 30 de outubro de 2001, cerca de 40 integrantes de torcidas organizadas entraram em conflito com seguranças do clube durante um protesto. Os santistas levaram faixas pedindo a saída do então técnico Cabralzinho e dos jogadores Russo, Viola e Paulo Almeida.

O próprio Corinthians foi alvo de invasores e nada aconteceu. Em abril de 2007, torcedores uniformizados invadiram o gramado da Fazendinha e fizeram uma 'limpeza' do elenco, com direito a sabão em pó e vassouras.

O LANCE!Net tentou ouvir o presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo sobre a falta de ação nesses episódios anteriores, mas o mesmo não atendeu as chamadas telefônicas. O pedido via assessoria de imprensa do Sapesp também não teve sucesso.

Em novembro de 2005, Serginho Chulapa teve de acalmar invasores santistas no CT (crédito: arquivo/LANCE!Press)

Em novembro de 2006, palmeirenses invadiram a sala do presidente do clube no Palestra Itália (crédito: arquivo/LANCE!Press)

Em abril de 2007, corintianos invadiram o gramado da Fazendinha e fizeram uma 'limpeza' do elenco (crédito: arquivo/LANCE!Press)

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