Inchado, elenco do Palmeiras divide armário e sofre para estacionar no CT
Problema reconhecido publicamente pela diretoria do Palmeiras, o excesso de jogadores no elenco é questão a ser resolvida pelo clube, que vive ótima fase na Série B. No dia a dia, a “superlotação” do CT prejudica não somente a logística dos treinamentos comandados por Gilson Kleina, como também altera a rotina do grupo.
Com 44 opções no plantel (veja todos os nomes abaixo), o vestiário não comporta todos os atletas. Alguns deles têm de dividir armários, o que incomoda jogadores ouvidos pelo LANCE!Net. O tempo de clube decide quem compartilha o espaço com um companheiro. Quem é da base, com menos tempo no profissional, sofre mais.
A concorrência também é acirrada nas vagas do estacionamento. Quem chega por último, por exemplo, tem de usar o espaço que seria reservado para os visitantes do local.
Nas atividades físicas, a comissão técnica costuma dividir o grupo ao menos em três e alterná-los para que todos possam usufruir dos equipamentos na sala de musculação.
Se no início da temporada Kleina tinha dificuldade de montar o banco de reservas pela escassez de opções, agora o cenário se inverteu.
O treinador e a diretoria esperam enxugar o elenco para até 30 jogadores, negociando quem não está nos planos do técnico e emprestando jovens da base para que ganhem experiência e voltem no futuro.
- Chegou o momento de emprestar esses garotos, para eles saírem para jogar e assim a gente diminui o grupo - diz Kleina.
Os últimos a sair foram Maurício Ramos (Sharjah FC, dos Emirados Árabes), Kleber (voltou para o Porto, de Portugal), Chico (emprestado ao Santo André) e Emerson (emprestado ao Oeste). O Rubrão ainda negocia por outros dois palmeirenses e espera a resposta definitiva nesta quarta.
Maikon Leite poderia ter sido emprestado ao Umm-Salal (QAT), mas a negociação não se concretizou. O Verdão queria se desfazer do atacante a ponto de não ter cobrado nada da equipe do Catar, apenas o pagamento dos salários, acima de R$ 100 mil. Maikon agora interessa à Ponte Preta, assim como o meia Tiago Real.
Procurado pela reportagem, o diretor-executivo José Carlos Brunoro admitiu o problema e disse que a direção tenta solucionar o caso.
Muita gente na Academia de Futebol
4 goleiros
Úteis: Fernando Prass é o titular absoluto desde que foi contratado para esta temporada, e Bruno é o reserva.
Pouco utilizados: Raphael Alemão e Fábio. De acordo com Palha, preparador de goleiros, a comissão técnica não pretende emprestá-los neste ano. Os casos serão reavaliados para 2014.
5 laterais
Úteis: Luis Felipe e Juninho.
Encostados:Weldinho, que interessa ao Sporting, de Portugal, e Ayrton, que desperta a cobiça da Portuguesa.
Em observação: Victor Luis, lateral-esquerdo que estava emprestado ao Porto (POR) e, antes de ir para a Europa, compunha o elenco da equipe B.
8 zagueiros
Úteis: Henrique, André Luiz e Vilson.
Não estrearam: Tiago Alves e Thiago Martins
Pouco utilizados: Wellington, Marcos Vinicius e Luiz Gustavo. Kleina já disse que conta com os dois primeiros, mas Luiz Gustavo pode ser emprestado para ganhar experiência – está com 19 anos.
20 meio-campistas
Úteis: Márcio Araújo, Wesley, Charles, Eguren, Marcelo Oliveira e Léo Gago (volantes). Valdivia, Mendieta, Ronny, Patrick Vieira, Tiago Real e Fernandinho (meia).
Pouco utilizados:João Denoni, Wendel, Bruno Dybal, Diego Souza, Edilson e Rondinelly.
Não estreou: Renatinho (volante) e Felipe Menezes.
7 atacantes
Úteis: Alan Kardec, Leandro, Vinicius, Serginho, Caio e Ananias.
Será negociado:Maikon Leite. O atacante está na mira da Portuguesa, Náutico e Ponte Preta. Ele poderia ter ido para o Umm-Salal (QAT), mas a transação não deu certo em princípio.
Especialista em gestão fala ao LANCE!Net sobre inchaço no elenco
"Não há motivo para ter um elenco assim", avalia Amir Somoggi
O número mais econômico é de 28 atletas em um elenco. Se falar de 30, 32 jogadores, está mais do que de bom tamanho. Não tem necessidade de um plantel de 40, 44 atletas, porque é algo muito custoso.
Jogam só 11 e cinco, seis, sete ou oito brigam com os titulares. Então, são 22 atletas que formam o time principal. Você vai ter mais custos de salários, de transportes... Ainda tem a questão operacional, em que a estrutura do clube está montada para 30, 33, até 35 jogadores, mas nunca mais de 40. Tem a questão de refeições, espaço, alojamento para descansarem após o treino, como também o espaço no vestiário.
Olhando pelo lado financeiro, está muito claro que houve, talvez, uma aposta cara de montar um time mais para a frente. Vendendo alguns atletas para tentar fazer dinheiro. Mas não sei se isso é algo possível, porque se o atleta não joga, ele não se valoriza.
Problema reconhecido publicamente pela diretoria do Palmeiras, o excesso de jogadores no elenco é questão a ser resolvida pelo clube, que vive ótima fase na Série B. No dia a dia, a “superlotação” do CT prejudica não somente a logística dos treinamentos comandados por Gilson Kleina, como também altera a rotina do grupo.
Com 44 opções no plantel (veja todos os nomes abaixo), o vestiário não comporta todos os atletas. Alguns deles têm de dividir armários, o que incomoda jogadores ouvidos pelo LANCE!Net. O tempo de clube decide quem compartilha o espaço com um companheiro. Quem é da base, com menos tempo no profissional, sofre mais.
A concorrência também é acirrada nas vagas do estacionamento. Quem chega por último, por exemplo, tem de usar o espaço que seria reservado para os visitantes do local.
Nas atividades físicas, a comissão técnica costuma dividir o grupo ao menos em três e alterná-los para que todos possam usufruir dos equipamentos na sala de musculação.
Se no início da temporada Kleina tinha dificuldade de montar o banco de reservas pela escassez de opções, agora o cenário se inverteu.
O treinador e a diretoria esperam enxugar o elenco para até 30 jogadores, negociando quem não está nos planos do técnico e emprestando jovens da base para que ganhem experiência e voltem no futuro.
- Chegou o momento de emprestar esses garotos, para eles saírem para jogar e assim a gente diminui o grupo - diz Kleina.
Os últimos a sair foram Maurício Ramos (Sharjah FC, dos Emirados Árabes), Kleber (voltou para o Porto, de Portugal), Chico (emprestado ao Santo André) e Emerson (emprestado ao Oeste). O Rubrão ainda negocia por outros dois palmeirenses e espera a resposta definitiva nesta quarta.
Maikon Leite poderia ter sido emprestado ao Umm-Salal (QAT), mas a negociação não se concretizou. O Verdão queria se desfazer do atacante a ponto de não ter cobrado nada da equipe do Catar, apenas o pagamento dos salários, acima de R$ 100 mil. Maikon agora interessa à Ponte Preta, assim como o meia Tiago Real.
Procurado pela reportagem, o diretor-executivo José Carlos Brunoro admitiu o problema e disse que a direção tenta solucionar o caso.
Muita gente na Academia de Futebol
4 goleiros
Úteis: Fernando Prass é o titular absoluto desde que foi contratado para esta temporada, e Bruno é o reserva.
Pouco utilizados: Raphael Alemão e Fábio. De acordo com Palha, preparador de goleiros, a comissão técnica não pretende emprestá-los neste ano. Os casos serão reavaliados para 2014.
5 laterais
Úteis: Luis Felipe e Juninho.
Encostados:Weldinho, que interessa ao Sporting, de Portugal, e Ayrton, que desperta a cobiça da Portuguesa.
Em observação: Victor Luis, lateral-esquerdo que estava emprestado ao Porto (POR) e, antes de ir para a Europa, compunha o elenco da equipe B.
8 zagueiros
Úteis: Henrique, André Luiz e Vilson.
Não estrearam: Tiago Alves e Thiago Martins
Pouco utilizados: Wellington, Marcos Vinicius e Luiz Gustavo. Kleina já disse que conta com os dois primeiros, mas Luiz Gustavo pode ser emprestado para ganhar experiência – está com 19 anos.
20 meio-campistas
Úteis: Márcio Araújo, Wesley, Charles, Eguren, Marcelo Oliveira e Léo Gago (volantes). Valdivia, Mendieta, Ronny, Patrick Vieira, Tiago Real e Fernandinho (meia).
Pouco utilizados:João Denoni, Wendel, Bruno Dybal, Diego Souza, Edilson e Rondinelly.
Não estreou: Renatinho (volante) e Felipe Menezes.
7 atacantes
Úteis: Alan Kardec, Leandro, Vinicius, Serginho, Caio e Ananias.
Será negociado:Maikon Leite. O atacante está na mira da Portuguesa, Náutico e Ponte Preta. Ele poderia ter ido para o Umm-Salal (QAT), mas a transação não deu certo em princípio.
Especialista em gestão fala ao LANCE!Net sobre inchaço no elenco
"Não há motivo para ter um elenco assim", avalia Amir Somoggi
O número mais econômico é de 28 atletas em um elenco. Se falar de 30, 32 jogadores, está mais do que de bom tamanho. Não tem necessidade de um plantel de 40, 44 atletas, porque é algo muito custoso.
Jogam só 11 e cinco, seis, sete ou oito brigam com os titulares. Então, são 22 atletas que formam o time principal. Você vai ter mais custos de salários, de transportes... Ainda tem a questão operacional, em que a estrutura do clube está montada para 30, 33, até 35 jogadores, mas nunca mais de 40. Tem a questão de refeições, espaço, alojamento para descansarem após o treino, como também o espaço no vestiário.
Olhando pelo lado financeiro, está muito claro que houve, talvez, uma aposta cara de montar um time mais para a frente. Vendendo alguns atletas para tentar fazer dinheiro. Mas não sei se isso é algo possível, porque se o atleta não joga, ele não se valoriza.