É hora do adeus: relembre a carreira de Deco, que se despede do futebol

Deco - Portugal (Foto: Arquivo LANCE!)
Deco - Portugal (Foto: Arquivo LANCE!)

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Será oficialmente encerrada nesta sexta-feira a carreira de Deco, um dos maiores ídolos da história do Porto, e peça fundamental para a reestruturação do Barcelona após um período de jejum. Mas até chegar lá, batalhou bastante e passou por alguns clubes pequenos, ou grandes sem muito sucesso.

Revelado pelo Nacional (SP), despertou logo o interesse do Corinthians. Sem muitas oportunidades, foi para o CSA, e enfim foi para Portugal em 1997, comprado justamente pelo Benfica, maior rival do Porto. Assim como no Timão, não teve chances e foi emprestado para o Alverca. Foi bem, mas não empolgou o Encarnado, que o liberou para o modesto Salgueiros. Voltou a brilhar e enfim foi parar no Dragão.



Chegou e teve bom papel no título português, o último do primeiro e único penta da história do país. Começou a se firmar mais na temporada seguinte, e virou ídolo mesmo sob o comando de José Mourinho, sendo o craque da consquista da Copa Uefa de 2003.

Já valorizado, pediu ao presidente Pinto da Costa para ser liberado para o Barcelona. O dirigente conversou com o craque e o convenceu a ir. Disse que o venderia no ano seguinte, pois em 2004 ele seria campeão europeu pelo Porto. Dito e feito. O jogador foi o melhor jogador pela Uefa, foi líder de passes para gol na Champions, e se eternizou de vez na história do clube, com direito a gol na final contra o Monaco.

Enfim chegou ao Barcelona, e muitos acreditavam que seria mero coadjuvante de Ronaldinho Gaúcho. Porém Frank Rijkaard descobriu uma nova função para Deco, e acabou sendo nomeado como melhor jogador da temporada de 2005/06, a do seu segundo título da Liga dos Campeões. Foi fundamental para reescrever a história do clube, e o próprio Iniesta, craque da geração seguinte, diz que o "Mágico" foi fundamental em sua formação. Ganhou ainda duas vezes o Campeonato Espanhol e mais duas Supercopas da Espanha.

Quando terminou o seu contrato de quatro anos, foi para o Chelsea. Não teve o mesmo protagonismo dos clubes anteriores, e após o seu primeiro ano chegou a dizer que não tinha gostado de sua experiência na Inglaterra. Em 2009/10 e já veterano, ajudou o Chelsea a vencer o Campeonato Inglês sob o comando de Carlo Ancelotti.

Acabou sendo liberado para o Fluminense, aonde sofreu com muitas lesões. De qualquer forma, quando esteve em campo, desfilou sua qualidade. Foi campeão brasileiro duas vezes e no Campeonato Carioca ficou marcado por um golaço de fora de área em cima do Vasco. Foi acusado de doping e acabou encerrando a carreira. Depois foi absolvido.

Deco ainda defendeu a seleção portuguesa. Quando se naturalizou, enfrentou algumas críticas internas, inclusive de Figo, que viria a ser seu companheiro. Acabou sendo titular já na campanha do vice da Eurocopa de 2004, e não saiu mais. Jogou ainda a Euro de 2008 e as Copas do Mundo de 2006 (em que ficou em quarto lugar) e 2010. Fez 75 jogos pelas Quinas e marcou cinco gols, um deles em amistoso contra o Brasil.

*O repórter viaja como convidado do FC Porto Brasil

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