Honduras e Suíça desembarcam em Manaus e poucos prestigiam


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Enquanto 100 mil torcedores manauaras festejavam a vitória brazuca e o show de Neymar na Fan Fest, nas duas praças com telões e shows apoiados pelo governo e nas tradicionais ruas que fecham para os jogos do Brasil, Honduras e Suíça desembarcaram em Manaus.


Com a concorrência do Brasil, pouquíssimos torcedores compareceram na chegada das delegações aos hotéis Aliás, como os estabelecimentos  ficam muito próximos um do outro, os torcedores eram os mesmos. Dois deles, Rachel e seu amigo Picolé, conhecido palhaço de festas infantis na cidade, viraram habituês para os jornalistas.


- Estive na chegada da Itália, Croácia, Estados Unidos, Portugal e Inglaterra. Trabalho perto e quando vejo movimentação de jornalista eu pego minha máquina e venho. Nunca me deram bola mas desta vez me dei muito bem - disse Rachel.


Essa história de se dar bem foi graças aos hondurenhos. Nos desembarques anteriores, o policiamento era rigoroso. Com pouca gente e quase nenhum carro nas ruas, eles afrouxaram. Rachel aproveitou para tirar fotos muito próximas. Nessa hora o lateral-direito Brayan Beckeles foi até ela e a abraçou. Ela nem conhecia o jogador. Mas Picolé fotografou o momento e  este ato fez Honduras ganhar uma torcedora.


- Vai dar 2 a 0 para Honduras - disse.


 Picolé, que estava com uma camisa do Brasil com o nome de Thiago Silva às costas entrou na brincadeira e deu o placar de 1 a 0 para a seleção da América Central, para alegria dos 30 jornalistas hondurenhos que cobriam a tranquila chegada da sua seleção e entrevistavam os dois.


Vinte minutos depois, o ônibus suíço encostou na entrada do hotel Quality, o mesmo que hospedou Portugal. Se Cristiano Ronaldo & Cia contaram com o apoio de 500 torcedores quando chegaram, a Suíça teve 20. Metade veio do hotel hondurenho. E lá estava Rachel e Picolé, além de Silvia e de Rejane.


- Poxa, não deu para ir lá em Honduras - disse Rejane, que está fazendo um álbum com as fotos das chegadas das seleções.


- Deu para ver quase todas, lamentava, enquanto os jogadores da Suíça pegavam as malas em um silêncio só quebrado por um cinegrafista que gritava o nome de Shaqiri para que ele olhasse para a câmera. Aliás, o jornalista era hondurenho, porque suíço não havia nenhum para contar história.  


Restou para a TV entrevistar Rachel. Satisfeita com as atenções, ela voltou a contar a sua história. Quando perguntada se estaria torcendo para a Suíça, ela sentiu a pegadinha.


- Quer me pegar né - e não falou o placar, desconversou.

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