Para a história! Brasil bate a Sérvia e conquista o Mundial de Handebol

Carol assume a responsabilidade de ser titular na Unilever (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Carol assume a responsabilidade de ser titular na Unilever (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

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A história do esporte brasileiro ganhou um capítulo novo neste domingo. Mais uma vez, os gols foram responsáveis por trazer alegria ao povo. Desta vez, contudo, feitos com a mão. A Seleção Brasileira feminina de handebol conseguiu uma incrível vitória sobre a Sérvia, na decisão do Mundial Feminino, por 22-20 e faturou o caneco inédito para o esporte nacional.

Diante de 19.500 barulhentos sérvios, as brasileiras dirigidas pelo dinamarquês Morten Soubak tiraram força para conseguir calar a Arena Belgrado. Triunfo que se deve, em muito, ao nórdico que dirige o time desde julho de 2009.

Se o povo brasileiro é conhecido por sua animação e por seu "calor humano", Soubak trouxe à Seleção um viés nórdico que foi fundamental para a vitória deste domingo. Os sérvios pularam, gritaram e vaiaram... Mas em nenhum momento conseguiram abalar a frieza desta Seleção.

O handebol se junta ao basquete como únicos esportes coletivos femininos do país a terem conquistado um título mundial. A conquista do basquete ocorreu em 1994, em um time que era comandado por Hortência e Magic Paula. Que agora dão lugar para nomes como Alê e "Magic Duda Amorim" - esta última eleita a jogadora mais valiosa do campeonato.

O JOGO

Fernanda foi o grande destaque dos minutos iniciais de jogo. A ponta esquerda da Seleção comandou as ações ofensivas do Brasil nos primeiros minutos. Quatro dos seis primeiros gols do time nacional foram feitos por ela.

A barulheira dos fãs sérvios, contudo, atrapalharam a comunicação das jogadoras. Imediatamente, Soubak parou o jogo, quando o placar marcava 8 a 7 para as adversárias.

Os nervos logo voltaram ao lugar. Cirúrgico nos tiros de sete metros e apertando ainda mais a marcação, o time brasileiro conseguiu conter a pivô sérvia Dragana Cvijic, autora de cinco gols logo nos primeiros minutos de jogo. Com isso, abriu vantagem de 13 a 11 no intervalo.

A segunda etapa começou do jeito que todo brasileiro torcida, mas nenhum esperava. Com gols de Deonise e Duda, duas vezes, a Seleção logo abriu cinco gols de vantagem.

Mas, rapidamente, o time sérvio se recompôs. O tempo pedido pelo técnico local reorganizou a equipe  e o ataque verde e amarelo parou de funcionar. Em sete minutos, o Brasil não fez nenhum gol. As sérvias trouxeram a diferença para apenas um gol: 16 a 15.

Deste momento em diante, a pressão da torcida sérvia beirou o insuportável. Era impossível ouvir qualquer pessoa próxima, dentro da Arena Belgrado. Morten optou por tirar Bárbara e colocar Mayssa no gol.

A opção mostrou-se válida. A equipe se acalmou e voltou a anotar gols, e Mayssa passou a demonstrar mais segurança na meta verde e amarela. A central Ana Paula anotou o gol que trouxe a diferença para dois gols novamente: 19 a 17.

Mas a Sérvia conseguiu empatar o marcador, minutos mais tarde, com um gol de Lisevic. Dani Piedade, que entrou no lugar de Dara, colocou novamente o Brasil em vantagem, 20 a 19, a apenas quatro minutos do fim do duelo. Em tiro de sete metros, Andrea Lekic deixou tudo igual em 20, com 2m50 no relógio.

O momento-chave do jogo veio da jogadora mais inesperada: Deborah Hannah, mais nova da Seleção, com 20 anos, anotou um gol com menos de dois minutos restantes e com o Brasil com uma jogadora a menos. Vantagem brasileira novamente: 21 a 20.

Com 1m04 restando, Ana Paula sacramentou o título brasileiro: 22-20. Título assegurado. Lugar na história do esporte brasileiro, idem.

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