Herói do Paulistão de 2007, Moraes confia em nova virada do Santos

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A última vez que o Santos conseguiu reverter um resultado negativo em uma final de Campeonato Paulista foi em 2007. Na ocasião, o gol do jovem Moraes garantiu o placar de 2 a 0 e o título estadual na final contra o São Caetano, disputada no Estádio do Morumbi.

Sete anos depois, o Peixe encontra-se na mesma situação, precisando vencer o Ituano por dois gols de diferença para conquistar o troféu sem ir às penalidades. Na opinião do atacante Moraes, herói do Santos naquela final, conseguir a virada é possível. Hoje no Metallurg Donetsk, da Ucrânia, o atleta de 27 anos acredita que a tradição falará mais alto.

– O Santos vai ter de correr atrás do prejuízo do primeiro jogo, que não foi tão bom, mas acredito na força do clube. Dá para reverter – disse o atacante, ao LANCE!Net.

O fato de o atual elenco do Peixe ser recheado de jovens jogadores não é algo totalmente benéfico, segundo Moraes. Para o atacante, é necessário mais atletas com experiência mesclados com os novos talentos da Vila Belmiro.

– A principal diferença em relação ao de 2007 é que tinham jogadores experientes, que ajudaram bastante. (Hoje em dia) É um time rápido, jovem, tem bastante potencial e qualidade, mas ainda falta um ou dois jogadores com essa bagagem – opinou.

HERDEIRO

O atacante, que atualmente joga em solo ucraniano, disse que acompanha o futebol brasileiro sempre que possível. Sobre o Santos, ele destaca as recentes atuações de alguns jogadores. Ao ser perguntado se aposta em algum "novo Moraes", capaz de decidir o jogo do próximo domingo a favor do Peixe, ele prefere não cravar um único nome.

– Gosto muito do futebol do Arouca e do Cícero, mas, pelas circunstâncias, pelo o que foi comigo, tem o Gabigol, que não sei se vai sair jogando, e o Stéfano Yuri. Rildo e Damião também podem decidir – afirmou.

VEJA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM MORAES

Quais as lembranças sobre aquela final de 2007?
Primeiro que ninguém sabia ao certo quem ia jogar. Era uma expectativa grande. Segundo que, quando chegamos com o ônibus no Morumbi, antes de descer do ônibus, o Luxemburgo parou e entregou a camisa de bicampeão paulista de 2007. Aí todo mundo ficou surpreso. Aí ele falou que "essa camisa é porque vocês são campeões, vocês têm mérito e vão sair daqui campeões, confio nisso". Isso deu uma confiança maior para o grupo. Depois, no vestiário, quando já estava todo mundo preparado para subir ao campo, o Luxemburgo também colocou um vídeo motivacional.

E sobre o pós-jogo? O que vem em sua mente?
Eu joguei no Santos dos dez anos até os 21, então tudo o que eu sonhei era viver aquele momento. Vi várias finais e meu sonho era estar ali dentro. Depois do jogo, parecia que não tinha acontecido nada especial. Não tinha caído a ficha ainda que seria algo a ficar para minha história e para a história do Santos. Mas foi um momento sensacional.

Alguém do atual elenco do Santos pode se tornar um "novo Moraes", marcando o gol da virada e do título estadual sobre o Ituano?
Gosto muito do do futebol do Arouca e do Cícero, mas, pelas circunstâncias, pelo que foi comigo, se eu apostar em um jovem para sair do banco e entrar e fazer o gol... Tem o Gabigol, que não sei se vai sair jogando ou não, tem também o Stéfano Yuri. Mas o Damião e o Rildo também podem decidir.

Como está sua vida aí na Ucrânia?
Vivo com minha esposa a vida é totalmente diferente do Brasil. Ficamos mais em casa, às vezes fazemos algum churrasco e juntamos os brasileiros dos outros clubes. A gente sempre está reunido. De vez em quando vai no boliche e no parque aquático.

Tem interesse em voltar ao Brasil? Até devido aos conflitos que aconteceram aí no início do ano
Vivemos momentos de apreensão, de receio. Eu estava fazendo pré-temporada na Turquia e a gente acompanhava os noticiários do mundo todo falando da Ucrânia. Mas não vivi nenhum momento de tensão na Ucrânia. Aqui em Donetsk tem protesto, mas nada que seja perigoso.

Mas você gostaria de voltar a jogar no Brasil?
Eu sinto muita saudade. Às vezes fico pensando como seria se eu voltasse. Penso na minha família. Mas minha carreira aqui na Europa só tem evoluído. Tenho um nome aqui, tenho um sonho de jogar em um clube maior, jogar na Champions, ser campeão em um clube de ponta. Se eu voltar ao Brasil, as pessoas me conhecem pelo que fiz em 2007, então talvez eu teria de recomeçar tudo de novo. Estou gostando de ficar aqui.

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