Grupo político pressiona Peter por demissão de Rodrigo Caetano

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Tristeza, decepção e medo. Essa mistura de sentimentos é o que melhor define o Fluminense pós-rebaixamento. Nesta segunda, nos momentos que antecederam o desembarque da deleção tricolor no Galeão, ficou claro que havia o temor por protestos violentos da torcida. Tudo em vão.

Protesto mesmo apenas contra o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, que já reafirmou a vontade de permanecer. O contrato do dirigente termina no fim desta temporada. Na segunda-feira, a Flusócio, principal grupo de apoio ao atual presidente, se manifestou, via blog, contrária à permanência de Caetano. No texto, intitulado "Reformulação I – Gestor Executivo de Futebol", o grupo pede a contratação de um novo profissional:

– Em 2013 houve contratações nitidamente equivocadas, falta de peito no sentido de afastar atletas que nitidamente não tinham mais condições de estar em campo, técnicos com validade expirada sendo mantidos, reposição de peças inexistente ou inadequada...

Embora questionado, Rodrigo Caetano tem a confiança de Peter Siemsen. O presidente tricolor e o da patrocinadora, Celso Barros, já afirmaram que desejam mantê-lo.

Confira o comunicado na íntegra:

“Depois do desastre, é hora de olhar novamente pra frente, mudar o que foi feito de errado e retornar ao nosso posto ainda em 2014, vencendo as disputas das quais participemos. Sem evasivas, vamos apontar os erros e propor algumas soluções. Começamos hoje com o primeiro item: o gestor do Futebol.

Queremos deixar bem claro que este texto pode ou não refletir a opinião dos poderes constituídos do clube. Não nos interessa, pois o objetivo aqui é expressar o que pensamos. Essa é a nossa opinião e nosso compromisso é com os interesses do Fluminense e com a história que este espaço construiu junto com os tricolores desde 2008.

Papo reto: precisamos de um gestor executivo de futebol remunerado pelo clube, de tal forma que as diretrizes do Departamento de Futebol respeitem a estratégia traçada para atender aos interesses da instituição em seu “core business”, seja na montagem do elenco, seja na formação da comissão técnica ou em ações de correções de rumo.

Contratações, dispensas, planejamento, condução dos trabalhos, aproveitamento da base, observação técnica de mercado, gestão dentro do vestiário, enfim, todas as atribuições do comandante remunerado do Futebol tem que ser validadas diante dos interesses do Fluminense.

Vimos em 2013 renovações de contrato motivadas pelo “bom ambiente” que o sucesso em 2012 estabeleceu, independente da performance dos atletas que estavam renovando. Houve também contratações nitidamente equivocadas, falta de peito no sentido de afastar atletas que nitidamente não tinham mais condições de estar em campo, técnicos com validade expirada sendo mantidos, reposição de peças inexistente ou inadequada, enfim, os erros que todos nós aqui sabemos que ocorreram e que foram objeto de alertas diversos.

Queremos toda autonomia a este profissional, mas dentro das diretrizes determinadas pelo clube, às quais este profissional deve se adequar. Clube paga, clube manda, profissional age. Se não der certo, troca-se o gestor executivo.

E antes que as maldades surjam, acreditamos que não existem interesses inconciliáveis entre Fluminense e Unimed. O patrocinador que já nos trouxe grandes conquistas será sempre bem-vindo. Mas numa parceria, cada um cuida do seu lado, então temos que cuidar do nosso. É disso que estamos falando”.

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