Grêmio rebate MP e discurtirá sobre torcida no Conselho: ‘Não tem sentido’

Ação reune MMA, Rugby e CrossFit em São Paulo (Foto: Gaspar Nobrega/ Inovafoto)
Ação reune MMA, Rugby e CrossFit em São Paulo (Foto: Gaspar Nobrega/ Inovafoto)

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O Grêmio não concorda com a definição do Ministério Público de ocupar o setor da Arquibancada Norte, a geral, da Arena apenas com torcedores filiados a torcidas organizadas. O clube gaúcho irá submeter a situação ao Conselho Deliberativo e antecipa que não concorda com a limitação do local apenas para torcedores uniformizados.

Uma reunião feita na Promotoria do Torcedor nesta quarta-feira decidiu, pela posição do MP, que o local só vai receber torcedores filiados a alguma organizada a partir do dia 30 de junho. O que implicaria em alguns gremistas que frequentam o lugar apenas pelo ingresso mais barato ou porque migraram para o espaço se filiassem uma organizada. Algo rechaçado pelo vice-presidente Nestor Hein, que cuida da relação com o torcedor.

- Nesta reunião que se realizou, o Grêmio deixou claro que esse assunto será levado a debate no Conselho Deliberativo. E parte do Conselho de Administração, somos visceralmente contra e achamos que não há possibilidade que a arquibancada norte está fechada apenas para organizada. Quem decide é o Grêmio e sua parceira. Imagina se só 325 torcedores se apresentam. Cinco dias depois tem um jogo. Aí teremos uma localidade do estádio de 8 mil lugares ocupados por 325 pessoas? E os torcedores que vão ao local mas não gostam de pertencer a organizadas? - questionou Hein em entrevista na Rádio Gaúcha.

A diretoria gremista, porém, dá todo o suporte para que o Estatuto do Torcedor seja cumprido e todos os torcedores organizados sejam cadastrados, algo que não acontece atualmente. O MP tenta, ainda sem sucesso, negociar com as torcidas uma lista de nomes de quem frequenta o setor. Com o parecer enviado ao Conselho Deliberativo, estará a avaliação do Conselho de Administração, formado por vice-presidentes, que não concorda com a situação.

- ­A nossa discordância é quando há a referência a fechar o setor somente para organizadas, obrigando pessoas que não pertencem a organizadas a se filiarem. Não tem sentido. É expressivo o número de pessoas que migraram. Estamos a favor de todas as iniciativas para oes estádios serem seguros, para evitar incidentes que prejudiquem o Grêmio, mas fechar a arquibancada norte para organizadas o Grêmio não acompanha - completou o dirigente.

O Grêmio não terá que cumprir um jogo de portões fechados pela briga exatamente neste setor no jogo com o Nacional (URU), na última semana. O Tricolor passará por um novo julgamento e se defenderá na entidade.

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