Grêmio assina acordo com OAS e revela operação para administrar Arena


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O Grêmio e a OAS assinaram na tarde desta segunda-feira o terceiro aditivo do contrato da parceria para a gestão da Arena do Grêmio. Finalmente, depois de 16 meses de negociação, o acordo foi firmado. O presidente Fábio Koff apresentou os ganhos financeiros da nova conversa, mas a principal novidade da solenidade foi a confirmação de que o clube gaúcho deflagra um projeto para ter a total administração da Arena antes dos 20 anos previstos na parceria. O que o presidente Fábio Koff nomeou de "Operação Grêmio".

Simplificando a situação, é uma "compra da Arena". Um comitê será criado para que clube e empresa tratem desta situação em conjunto. A OAS tem como principal objetivo a exploração das áreas imobiliárias do entorno do estádio, com a melhora do bairro Humaitá, e do terreno onde está localizado o Olímpico. Durante toda a entrevista coletiva não foi estipulado nenhum valor para que a situação seja viabilizada.

- Hoje vamos deflagar, com a concordância da OAS, o que denominamos de Operação Grêmio. Que consiste em o Grêmio assumir a gestão integral do seu próprio estádio. A Operação Grêmio se concretizada, e acredito que sim, será concretizada, aproveitaremos plenamente o potencial do estádio e Quadro Social do Grêmio. Teremos economia de custos pela integração da estrutura do clube. Constituiremos uma comissão mista, Grêmio e OAS, que vai procurar em um prazo de 12 meses, viabilizar esse obejtivo - destacou o presidente do Grêmio Fábio Koff.

A OAS também não se opõe à questão. A Arena enfrentou problemas de caixa, segundo o diretor superintendente Carlos Eduardo Paes Barreto, neste primeiro ano de funcionamento. A assinatura do novo aditivo acaba com qualquer tipo de desconfiança entre as partes, pelo menos por ora, para que ambas caminhem unidas. Barreto afirmou que, dependendo do que o comitê que será criado avaliar, a empresa não irá colocar barreiras para que a mudança aconteça. O que não acabaria com a parceria entre clube e empresa.

- Desde o início do contrato a previsão está posta. A nossa relação é de 20 anos. Temos uma data e um prazo contratual. Dentro desses 16 meses, em todas as conversas com o presidente e o Conselho de Administração, percebemos esse anseio de viabilizar a Operação Grêmio. E está colocada na mesa. Se for melhor para o Grêmio, atendendo às expectativas dos financiadores e da empresa, vamos ajudar. Mas depende de uma série de fatores. A relação continuará, com o projeto imobiliário, questão do bairro. Vamos trabalhar em conjunto, como sempre mencionamos. Viemos para ficar e escolhemos um parceiro aqui no Sul - destacou Carlos Eduardo Paes Barreto.

Com a assinatura do aditivo, o Grêmio diminui o repasse para presença de sócios na Arena, que cai de R$ 42 milhões para R$ 18 milhões, ganha um percentual de 2% na venda dos imóveis do Humaitá e do Olímpico. Além de ter o estádio registrado no nome do clube gaúcho, poder associar novos sócios - e com isso, ter fluxo de caixa - e ter os recursos para a mudança para a Arena e a finalização das obras do CT do HUmaitá. Por outro lado, assume alguns riscos do negócio junto com a OAS.

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