De goleador-problema a ‘herdeiro de Falcao’: conheça o camisa 9 da Colômbia

Cavenaghi e Teo - River Plate. (Foto: D. Haliasz/Prensa River)
Cavenaghi e Teo - River Plate. (Foto: D. Haliasz/Prensa River)

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Teófilo Gutiérrez, atacante do River Plate (ARG), superou diversas barreiras para vestir, em plena Copa do Mundo, a camisa 9 do ídolo Falcao García, lesionado. Ele enfrentou a pobreza e conviveu com a morte antes de virar um artilheiro tão talentoso quanto polêmico, titular no jogo contra a Grécia, às 13h deste sábado, no Mineirão.

Em 2012, Teo foi personagem de um escândalo. Era só o 41º jogo dele pelo Racing (ARG) e a quarta expulsão, esta por insultar o árbitro. Tratava-se de um clássico que terminou com goleada do Independiente (ARG) por 4 a 1, o que revoltou os companheiros. O atacante foi acusado de sacar uma arma de brinquedo após trocar socos com o goleiro Saja no vestiário. Seria emprestado ao Lanús (ARG) pouco depois.

Foi só o estopim: antes, havia agredido um juiz, provocado a torcida do Boca e protagonizado verdadeira luta de boxe com um colega de clube durante treino. O temperamento explosivo pode ser reflexo de uma infância sofrida, em que precisava até se agachar em casa para fugir de balas perdidas.

- Nasci em La Chinita, um bairro muito pobre de Barranquilla. Era complicado, havia quadrilhas. As pessoas tinham medo, os táxis não entravam lá - disse Teo, certa vez, à revista El Gráfico da Argentina.

Às vezes, a violência invadia o espaço do futebol. O Independiente Framy, time do bairro em que Teo deu seus primeiros chutes, não apareceu para disputar uma final de campeonato porque um de seus jogadores foi assassinado por engano.

Don Teófilo, o pai que o incentivou a ser jogador, Cristina, a mãe que o ensinou a ser evangélico, e Aura, a avó que produz e vende suas empanadas preferidas, são apontados pelo colombiano como responsáveis por seu sucesso. Mas o primeiro gol como profissional foi dedicado a John Padilla, amigo que, embora criminoso, o impedia de se aproximar das quadrilhas. Morreu em 2007.

Há um ano no River, Gutiérrez foi um dos destaques no título nacional conquistado no primeiro semestre. Mais maduro, ainda não foi expulso.

Teo comemora gol com Cavenaghi, ídolo do River e seu colega de ataque (Foto: D.Haliasz/Prensa River)


GAROTO-PROBLEMA

Peitada no juiz
Em 2011, jogando pelo Racing contra o Boca na Bombonera, Teo cavou pênalti e ficou inconformado com o árbitro Nestor Pitana, que mandou seguir. Peitada e expulsão.

Provocações
Após o cartão vermelho contra o Boca, o atacante saiu fazendo gestos para a organizada xeneize. Também pelo Racing, ele provocou os torcedores do River Plante após marcar de pênalti. O ex-zagueiro Gabriel Milito, à época no Independiente, levou uma bolada “nas partes baixas” em comemoração de gol.

Brigas em treinos
No Racing, Teo trocou socos com o goleiro Mauro Dobles após uma dividida. No River, uma de suas únicas confusões foi com o meia Ponzio, também por um lance de treino. Dias antes, havia dito que a bola não chegava tão bem a ele quanto no Racing.

Revólver?
Atacante abriu o placar para o Racing contra o Independiente, mas foi expulso depois que o rival virou para 2 a 1. Time levou mais dois e houve briga no vestiário. Ele teria mostrado uma arma de brinquedo.

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