Gegê, um atleta com DNA Rubro-Negro


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Entre astros como o ala-armador Marcelinho Machado e o ala Marquinhos, um jovem jogador com DNA rubro-negro vem sendo destaque na temporada do Flamengo: Gegê. Aos 23 anos, o armador disputará na sexta-feira o seu primeiro Final Four da Liga das Américas sob a bênção de um ex-atleta que brilhou na equipe no início dos anos 2000: o ala Alexey.

Em 1998, Gegê só tinha olhos para o futebol. Mas uma dúvida surgiu quando ganhou de presente uma bola de basquete de Alexey, amigo do seu avô Ivan, também um homem do esporte da bola laranja.

– Aquilo mexeu comigo. Ganhei minha primeira bola de basquete quando fui visitá-lo no hospital, pois ele tinha operado o joelho. O Alexey tinha comprado nos Estados Unidos – contou o armador do Flamengo.

A partir dali, teve início a relação de fã e ídolo. Gegê começou a acompanhar os jogos de Alexey, e os treinos no Tijuca Tênis Clube quando o ala veio jogar no Flamengo.

Com o avô falando de basquete e assistindo aos jogos do ídolo, Gegê começou a ficar fascinado pela modalidade. Como todo fã, o jovem pedia camisa ou qualquer item do time rubro-negro. Hoje, o armador reconhece ser difícil atender os pedidos dos torcedores, porém ressalta que, mais do que receber camisa ou meia, o importante foi a ajuda do ídolo.

– Comecei mesmo a jogar basquete em 2002. E o Alexey é como se fosse um pai para mim. Antes dos jogos, ele me liga, dá conselhos. Sempre que nos encontramos, me alerta, puxa minha orelha, diz o que posso melhorar, o que estou fazendo de bom. É um ídolo dentro e fora da quadra. Se puder seguir os passos dele, com certeza vou crescer – afirmou Gegê.

Como fã, o armador começou a jogar basquete com o número 11, o mesmo de Alexey. Foi assim na Espanha entre 2008 e 2010, no Flamengo entre 2010 e 2011, e no Tijuca, de 2011 a 2012. Mas, em seu retorno ao Rubro-Negro, em 2012, a camisa estava ocupada. Assim, foi obrigado a mudar. Escolheu a 19 em alusão à idade em que voltou para o Brasil.

Alexey abre um sorriso orgulhoso com o sucesso do pupilo. Ele conhece Gegê desde pequeno, pois seu pai e o avô do armador jogaram juntos nas décadas de 50 e 60:

– Tenho a liberdade de dar conselhos, mas não é toda hora. Quando ele pensa em Seleção, em ser um dos principais jogadores da posição, digo que, se tiver um aproveitamento melhor e uma consistência no arremesso, vai conseguir.

Gegê faz boa temporada

Depois de duas temporadas tímidas do NBB pelo Tijuca e pelo próprio Flamengo, Gegê tem se destacado na edição 2013/2014. Seus minutos em quadra praticamente dobraram e suas médias também melhoraram. Em assistências, por exemplo, ele é o oitavo no NBB, enquanto na Liga das Américas está em quinto lugar.

– Estou satisfeito. Claro que ainda tenho uma estrada longa, muito a melhorar, mas só de receber a oportunidade e ter a confiança dos meus companheiros já é muito gratificante – afirmou.


Bate-Bola:

Gegê
Armador do Flamengo, em entrevista ao LANCE!Net

Seu pai, George Chaia, é do polo aquático (técnico do Fla atualmente) e sua irmã Mariana é do vôlei de praia. Chegou a pensar nestes esportes antes do basquete?
Minha irmã é mais nova e optou depois de mim. Eu até cheguei a jogar polo com meu pai, mas ele sempre me deu carta branca para escolher. O polo não era um esporte muito evoluído no Brasil.

Você atende todos os conselhos que recebe do Alexey?
Todo conselho dele é para me ajudar, para eu melhorar. É importante ouvir alguém que já vivenciou isso. Eu procuro ouvir com atenção.

Você esperava jogar no Fla?
Sempre foi um sonho para mim. Nunca escondi que sou torcedor do clube. Quando estava na Espanha e soube que o Flamengo estava interessado em mim, isso pesou muito para eu optar pela volta.

Acha que pode ser convocado para a Seleção Brasileira?
Meu foco está no Flamengo, em continuar crescendo. Seleção é consequência. Claro que é um sonho. Sei que é difícil pelos jogadores que temos, o grupo está praticamente formado. Mas, se surgir a chance, vou trabalhar para ajudar.


Com a palavra:

Alexey
Jogador de basquete do flamengo na década de 2000, ao LANCE!Net

Gegê é habilidoso e já se destacava nas categorias de base. Mas vemos muitos jogadores não vingarem no adulto. O mais importante é ver a evolução dele, a dedicação. A experiência na Espanha foi determinante para a maturidade pois estava em outro país, outra cultura. Isso acrescentou muito ao jogo dele. E ele teve paciência para aproveitar as oportunidades.

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