Fundador de torcida busca patrocínio para o Sinop


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Torcer para time grande, com tradição, títulos e estádio imponente é fácil. Difícil é torcer para time pequeno, do interior, que joga apenas um campeonato por ano. No coração do músico Gabriel Ferri tem espaço para os dois. É Colorado por influência do pai e torcedor do Sinop Futebol Clube por amor à cidade natal em Mato Grosso.

O Internacional, ele confessa, tem dado mais alegrias. São quatro títulos gaúchos em sequência, além da boa fase desde 2005, que rendeu algumas das maiores glórias ao Gigante da Beira-Rio. Ao Colorado, a ajuda é enviada por boas vibrações.

O Galo do Norte representa o lado sofredor de Ferri. O time é conhecido em Mato Grosso por ser o primeiro campeão do interior e acumula três títulos estaduais. O último em 1999. De lá para cá, as glórias são vividas nas conquistas do capitão são-paulino Rogério Ceni, que foi revelado no Sinop. O goleiro até ganhou um museu no estádio onde o Galo joga.

#PELOFUTEBOL

Se para o Inter a torcida é na base do incentivo, para o Sinop as ações são práticas. Gabriel Ferri é fundador da Galo Doido, a primeira torcida organizada, e ajudou no ressurgimento do time em 2014.

Afundado em crises constantes e em más administrações, o Sinop caiu para a segunda divisão e voltou neste ano. O time foi para o Estadual sem a certeza de que terminaria a competição e o torcedor ficou sensibilizado.

- Decidi fundar a torcida para mobilizar a sociedade em prol do Sinop. Deu certo e a maioria dos patrocínios que o clube conseguiu foi com a ajuda da torcida. Os patrocinadores queriam vincular suas marcas à nossa torcida - revelou Ferri, que também foi a sessões da Câmara de Vereadores cobrar apoio.

- Conseguimos levar quatro mil torcedores ao estádio, coisa que não acontecia há 14 anos - acrescentou.

Além de buscar apoio financeiro, a torcida tinha o propósito de "bancar" parte das despesas. A renda das primeiras camisetas vendidas pelos galos doidos seria revertida para o clube.

- Como o time já estava estruturado, decidimos reaplicar o dinheiro na torcida, comprando material. OS R$ 500 que conseguimos e doaríamos não fariam tanta diferença para o clube - justificou.

Com o fim do Campeonato Mato-Grossense, o coração do torcedor passa a ser exclusivamento do Inter.

- Isso até começar outro campeonato para o Sinop - finalizou.

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