A febre da tapioca: Vendedoras faturam alto com barraca ‘padrão Fifa’

Grécia x Costa do Marfim (Foto: Issouf Sanogo/AFP)
Grécia x Costa do Marfim (Foto: Issouf Sanogo/AFP)

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Dentro do pátio da Arena Pernambuco, bem ao lado das 'lojinhas' das empresas patrocinadoras da Copa, uma barraca verde com um letreiro escrito tapioca tem chamado a atenção pela movimentação intensa de consumidores antes e depois das partidas. Ali, entre as grandes marcas, é vendida iguaria mais típica da gastronomia pernambucana. O LANCE!Net se aprofundou nesta situação curiosa e descobriu como a tapioca virou 'padrão Fifa'.

A história se iniciou após a Copa das Confederações, no ano passado. O Governo de Pernambuco pediu à Fifa que o estádio tivesse uma lojinha de tapioca, para que a iguaria fosse mostrada aos turistas do mundo inteiro. A solicitação foi prontamente atendida e oito tapioqueiras pernambucanas, que integram a Associação das Tapioqueiras do Recife Maria de Oliveira, foram selecionadas pelo governo para comercializarem seus produtos na Arena.

A oportunidade mudou a vida das oito tapioqueiras. Todo o dinheiro conseguido com as vendas, em local mais do que privilegiado, fica para elas. A conta do faturamento é fácil de se fazer: 2 mil tapiocas são vendidas por dia, ao valor de R$ 8. O total dá R$ 16 mil e, após a divisão, cada uma das profissionais fica com R$ 2 mil por jogo.

Recife é palco de cinco partidas do Mundial. Ao término de tudo, cada uma terá conseguido R$ 10 mil. O governo providenciou a estutura e o espaço, mas não fica com participação nos lucros.

Ao todo, seis sabores estão disponíveis ao público: queijo, coco, queijo e coco, frango e queijo, carne de sol e queijo e leite condensado e coco, cada uma no valor já citado de R$ 8.

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No espaço, além das tapioqueiras, há quatro anfitriões para receberem os torcedores. Esses anfitriões são estudantes da rede pública estadual, já participaram de intercâmbio no exterior e falam inglês e espanhol. O quarteto facilita a comunicação entre os estrangeiros e as profissionais.

Outro ponto interessante é que o cardápio está disponível em inglês e português, além dos idiomas dos países cujas seleções estão em campo naquele dia específico.

O secretário executivo de relações institucionais da Secretaria da Copa em Pernambuco, Gilberto Pimentel, destacou o êxito da iniciativa para todas as partes.

- A tapioca é um patrimônio de Pernambuco e aproveitamos a vitrine da Copa para expor. O sucesso tem sido tão grande, que a previsão da barraca era fechar no intervalo, mas agora ela fica aberta até depois do jogo - disse Gilberto Pimentel.

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