Fábrica de campeões: Flu investe R$ 10 milhões anuais para ter ‘base top’

André Luiz - Palmeiras (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)
André Luiz - Palmeiras (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)

Escrito por

Xerém é motivo de orgulho para muitos tricolores. E se torna ainda mais quando algum atleta formado por lá sobe para o time profissional e dá resultado. Para isso, no entanto, é necessário uma estrutura digna à disposição. Atualmente, isso é o que tem de sobra para os "Moleques de Xerém".

Desde que assumiu a presidência, em dezembro de 2010, Peter Siemsen definiu uma verba à parte direcionada para as categorias de base. Hoje, o investimento é de R$ 10,2 milhões por ano (cerca de R$ 850 mil por mês). O montante é utilizado para pagar salários, reformas e manutenção.

Todo este investimento tem um simples objetivo: tornar-se a melhor base do Brasil em um espaço de dois anos. Para isso, já foram concluídas duas das três etapas da reforma estrutural do centro de treinamento. Dentro do clube, a expectativa para os próximos anos é excelente.

– Estamos caminhando para isso, mas ainda temos muita coisa para fazer. Aos poucos estamos conseguindo nosso objetivo. Precisamos ganhar algumas coisas, terminar a nossa infraestrutura e formar alguns jogadores para chegar ao nível que desejamos – disse o gerente geral da base, Fernando Simone.

O processo de reestruturação rumo ao topo no Brasil também visa a questões financeiras. Hoje, o clube não aceita ter menos do que 50% dos direitos econômicos dos atletas formados em Xerém. Este percentual, inclusive, é o mínimo, pois de acordo com os coordenadores das divisões de base do clube, o costume é ter cerca de 70% dos direitos.

O caminho é longo e requer tempo para ter resultado. Mas em uma visita a Xerém, é fácil perceber a mudança visual e conceitual.

Formação científica é critério de eliminação

Para trabalhar em Xerém, tem que ter formação acadêmica. A frase do gerente geral da base, Fernando Simone, é sintomática ao evidenciar a filosofia implementada nas divisões de base do Fluminense. Neste sentido, nada contra os boleiros, desde que estejam aptos à função que se propuserem.

– Tem que explicar as coisas. Não temos nenhum problema com os boleiros. Inclusive o Edevaldo (ex-lateral do Flu) trabalha aqui como auxiliar técnico da categoria júnior. Além de ser ex-jogador, tem formação universitária. O conhecimento não pode ser apenas empírico, mas também é necessário que seja acadêmico, até porque nosso trabalho é de formação de atletas.

O dirigente fez questão de classificar os currículos dos profissionais que atuam no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras.

– Nossos fisiologistas têm doutorado em filosofia. Meus supervisores são professores de educação física, assim como meu coordenador técnico, que ministra cursos na CBF para treinadores.

Estrutura melhor do que os rivais

A estrutura que o Fluminense possui em Xerém é considerada por todos a melhor do Rio de Janeiro. No entanto, dentro do clube todos evitam afirmar que o Tricolor está à frente dos rivais nos demais quesitos por ter uma condição melhor de trabalho.

– Talvez esteja um pouquinho à frente em termos de estrutura, porque nenhum deles tem o alojamento que temos. Em termos de profissionais, acho que encontramos uma estrutura organizacional legal – disse Fernando Simone.

Na semana passada, um campo de grama sintética começou a ser construído em Xerém, em parceria com a Ambev, e a previsão de entrega é de três meses. O clube será o único do estado a ter um espaço deste tipo.

Com a palavra - Fernando Simone (Gerente geral das categorias de base do Flu, em entrevista ao L!) 

"O atleta precisa de uma estrutura digna quando o trazemos para morar aqui em Xerém. Temos um compromisso com a família dele de que vamos dar, no mínimo, uma condição igual ou melhor do que a que ele tem em casa. O menino precisa de uma estrutura digna. As más condições foram o primeiro choque que tivemos aqui. Por isso, em pouco mais de um ano, já reformamos muita coisa."

Passo a passo da reforma de Xerém

Primeira etapa (concluída)

- Revitalização quase total de dois campos de treino, reforma dos 30 quartos do alojamento, central de monitoramento e sala de internet.

Segunda etapa (concluída)

- Outros dois campos foram completamente revitalizados e um vestiário novo construído.

Terceira etapa (a iniciar)

- Será construído um prédio perto dos campos para a parte administrativa (departamento médico, musculação e setor de captação). O espaço atual ficará apenas com os alojamentos.

Xerém é motivo de orgulho para muitos tricolores. E se torna ainda mais quando algum atleta formado por lá sobe para o time profissional e dá resultado. Para isso, no entanto, é necessário uma estrutura digna à disposição. Atualmente, isso é o que tem de sobra para os "Moleques de Xerém".

Desde que assumiu a presidência, em dezembro de 2010, Peter Siemsen definiu uma verba à parte direcionada para as categorias de base. Hoje, o investimento é de R$ 10,2 milhões por ano (cerca de R$ 850 mil por mês). O montante é utilizado para pagar salários, reformas e manutenção.

Todo este investimento tem um simples objetivo: tornar-se a melhor base do Brasil em um espaço de dois anos. Para isso, já foram concluídas duas das três etapas da reforma estrutural do centro de treinamento. Dentro do clube, a expectativa para os próximos anos é excelente.

– Estamos caminhando para isso, mas ainda temos muita coisa para fazer. Aos poucos estamos conseguindo nosso objetivo. Precisamos ganhar algumas coisas, terminar a nossa infraestrutura e formar alguns jogadores para chegar ao nível que desejamos – disse o gerente geral da base, Fernando Simone.

O processo de reestruturação rumo ao topo no Brasil também visa a questões financeiras. Hoje, o clube não aceita ter menos do que 50% dos direitos econômicos dos atletas formados em Xerém. Este percentual, inclusive, é o mínimo, pois de acordo com os coordenadores das divisões de base do clube, o costume é ter cerca de 70% dos direitos.

O caminho é longo e requer tempo para ter resultado. Mas em uma visita a Xerém, é fácil perceber a mudança visual e conceitual.

Formação científica é critério de eliminação

Para trabalhar em Xerém, tem que ter formação acadêmica. A frase do gerente geral da base, Fernando Simone, é sintomática ao evidenciar a filosofia implementada nas divisões de base do Fluminense. Neste sentido, nada contra os boleiros, desde que estejam aptos à função que se propuserem.

– Tem que explicar as coisas. Não temos nenhum problema com os boleiros. Inclusive o Edevaldo (ex-lateral do Flu) trabalha aqui como auxiliar técnico da categoria júnior. Além de ser ex-jogador, tem formação universitária. O conhecimento não pode ser apenas empírico, mas também é necessário que seja acadêmico, até porque nosso trabalho é de formação de atletas.

O dirigente fez questão de classificar os currículos dos profissionais que atuam no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras.

– Nossos fisiologistas têm doutorado em filosofia. Meus supervisores são professores de educação física, assim como meu coordenador técnico, que ministra cursos na CBF para treinadores.

Estrutura melhor do que os rivais

A estrutura que o Fluminense possui em Xerém é considerada por todos a melhor do Rio de Janeiro. No entanto, dentro do clube todos evitam afirmar que o Tricolor está à frente dos rivais nos demais quesitos por ter uma condição melhor de trabalho.

– Talvez esteja um pouquinho à frente em termos de estrutura, porque nenhum deles tem o alojamento que temos. Em termos de profissionais, acho que encontramos uma estrutura organizacional legal – disse Fernando Simone.

Na semana passada, um campo de grama sintética começou a ser construído em Xerém, em parceria com a Ambev, e a previsão de entrega é de três meses. O clube será o único do estado a ter um espaço deste tipo.

Com a palavra - Fernando Simone (Gerente geral das categorias de base do Flu, em entrevista ao L!) 

"O atleta precisa de uma estrutura digna quando o trazemos para morar aqui em Xerém. Temos um compromisso com a família dele de que vamos dar, no mínimo, uma condição igual ou melhor do que a que ele tem em casa. O menino precisa de uma estrutura digna. As más condições foram o primeiro choque que tivemos aqui. Por isso, em pouco mais de um ano, já reformamos muita coisa."

Passo a passo da reforma de Xerém

Primeira etapa (concluída)

- Revitalização quase total de dois campos de treino, reforma dos 30 quartos do alojamento, central de monitoramento e sala de internet.

Segunda etapa (concluída)

- Outros dois campos foram completamente revitalizados e um vestiário novo construído.

Terceira etapa (a iniciar)

- Será construído um prédio perto dos campos para a parte administrativa (departamento médico, musculação e setor de captação). O espaço atual ficará apenas com os alojamentos.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter