Exclamações do editor: É para ter esperança?


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Eu estou calejado de tantas tentativas de afinal termos uma reestruturação no futBr, tema que vocês leitores estão cansados de ver sendo abordado aqui nestas tortas exclamações dominicais. Mas mantenho traços de um otimista, para ainda acreditar que uma hora vamos conseguir colocar os pingos nos is e criar bases para deixarmos de ser a terceira divisão do futebol de clubes no mundo. Então, nesta terça-feira, irei a Brasília para atender a um novo chamado da esperança. A presidente Dilma, animada com a boa repercussão do seu justo veto na forma de refinanciamento das dívidas dos clubes sem contrapartida, decidiu criar uma comissão interministerial (Casa Civil e dos Esportes) para aprofundar o tema e definir um projeto, em cima do chamado Proforte, que já vinha sendo debatido há meses na Câmara dos Deputados. Fui convidado, juntamente com outros especialistas do futebol e jornalistas esportivos, num ótimo grupo para este debate. Espero que seja objetivo e frutífero. Para tanto, precisam todos deixar um pouco das suas vaidades (que todos temos) de lado e as reuniões requerem um coordenação exemplar para se lograr resultados, dado que são muitas ideias e muita gente pensando diferente num tema tão complexo. Tomara que Brasília não seja tão Brasília nesta terça, se é que me entendem!

A vanguarda do atraso.  
A demagogia que impera no país, somada à incrível desfaçatez que une a dupla Rubinho e Eurico, respectivamente presidentes da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e do glorioso Vasco da Gama, criaram mais um percalço para o já desvalorizado campeonato estadual do Rio, na tentativa de impor preços promocionais nos jogos do Maracanã. Um tiro no pé sem igual, pois em vez de se fortalecer os clubes, melhorando as condições econômicas num torneio que só dá prejuízo aos grandes, as desavenças tomaram conta do noticiário e o baixo nível ficou do jeito que gosta o todo poderoso do Vasco. Como as federações não são capazes de evoluir nas fórmulas e calendário dos estaduais, eles vão morrer por culpa dos que alegam defendê-los. Uma pena!

Maracanã: pode complicar.
Já haviam pendências em relação ao acerto das mudanças no contrato de concessão, após o governo do Rio ter decidido manter o Parque Aquático Júlio de Lamare e o Estádio Célio de Barros, de atletismo. O grupo Odebrecht, que também sofre os efeitos da operação Lava-Jato que atinge as grandes empreiteiras do país, alem da redução dos investimentos como um todo no país, não está tendo os resultados que esperava na gestão das arenas de futebol, mas esperava melhora nos resultados a partir deste ano. Agora, ainda tem que lidar com o imbróglio e o prejuízo causado pela imposição de preço dos ingressos no Maraca. Uma mudança de concessionário ou a volta à gestão estatal seria um enorme retrocesso!

Allianz Parque: tem que descomplicar.
O projeto é muito bom, talvez o melhor do país. Pensada para ser operada tanto em jogos como em eventos de entretenimento com muita eficiência, a nova casa do Verdão tem tudo para ser um ativo que vai catapultar o clube palestrino para uma posição de maior atratividade para os torcedores (seu programa de sócio-torcedor cresce como massa de pizza bem batida) e viabilizar a manutenção de times bem competitivos. Nada disto ainda está sendo aproveitado como deveria, dado o estado bélico que se instalou por conta das disputas em cima do texto do contrato, que é mesmo passível de dúvidas de interpretação. Mas é um daqueles casos em que o bom senso e o interesse comum tem que vencer esta partida de goleada, dado que a convivência é para décadas. Ou se encontra a fórmula ganha-ganha, deixando de lado as picuinhas e questões menores, ou todos seguem perdendo!


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