Má estrutura e muito empenho: o curioso treino do rival do Timão

Treino e CT do Bahia de Feira(Foto: Renato Rodrigues/ LANCE!Press)
Treino e CT do Bahia de Feira(Foto: Renato Rodrigues/ LANCE!Press)

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Que a realidade do Bahia de Feira é muito distante da do Corinthians todos sabem. Mas poucos imaginariam o quanto. O LANCE!Net acompanhou o último treino do rival do Alvinegro na estreia da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, e viu de tudo: campo no meio de uma fazenda, pedras segurando a rede do gol, torcedores que batem bola e conversam com os jogadores na hora do treinamento...

A ida até o local já foi difícil. Afastada da cidade, a base da comissão técnica fica em meio a chácaras, fazendas e muita, mas muita mesmo, natureza. Localizado perto do município de São Sebastião (BA), o CT tem pouca estrutura, o que é compensado pela vontade de quem trabalha por lá.

Enquanto os jogadores estavam em campo sob o comando do técnico Barbosinha, amigos que moram nas redondezas ajudavam como gandulas e até na lavagem das roupas e uniformes dos atletas. Tinha até torcedores corneteiros encostados em uma cerca, dando dicas de como era melhor bater pênaltis e faltas.

- A gente é amigo de todos os jogadores. Alguns cresceram com a gente por aqui. Só falamos aqui para ajudá-los. Eles escutam, são caras legais - conta Igor Maia, um dos "conselheiros de treino".

Os garotos que se dizem amigos dos atletas, aproveitavam uma bola ou outra que caia para fora do campo para uma roda de bobinho ou mesmo a famosa altinha, famosa brincadeira em que não se pode deixar a redonda cair não chão.

Enquanto isso, o sol castigava a cabeça dos atletas, que dividiam o campo com a equipe sub-20, que está fazendo uma boa campanha no estadual da categoria. Preparador físico, massagista e até treinador se dividiam entre as duas "turmas".

O alojamento próprio passou por uma boa reforma e hoje apresenta melhores condições. Outro campo, ao lado do atual, também vem sendo construído para as categorias de base. As piscinas, que seriam usadas para recuperação e fisioterapia, no entanto, estão abandonadas.

As redes dos gols são seguradas por grandes pedregulhos e pequenos toldos servem como banco e local da água gelada. As cercas em volta do gramado, que têm muito buraco e pedra, não seguram a bola que, por muitas vezes, vai parar no meio do mato (Fotos: Renato Rodrigues).

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