Divisor de águas, jogo para quem ama o clube: ídolos explicam o Dérbi

Evair (Foto: Arquivo LANCE!)
Evair (Foto: Arquivo LANCE!)

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Palmeiras e Corinthians farão neste domingo o Dérbi número 343. O Verdão tem vantagem no retrospecto (121 vitórias, 103 empates e 118 derrotas), e atuará pela primeira vez na casa do rival, em Itaquera. Dois dos maiores artilheiros do lado alviverde do confronto, César Maluco (autor de 14 gols no Alvinegro) e Evair (9 gols) resumiram o confronto. Leia:

César Maluco em campo pelo Palmeiras (Foto: Arquivo LANCE!)

César Maluco
"Sempre dei sorte contra o Corinthians"

Palmeiras e Corinthians é um clássico que qualquer jogador com amor à camisa gosta de disputar. O Corinthians quando eu jogava, estava há 22, 23 anos sem ganhar um título (o rival viveu uma fila entre 1954 e 1977) e sabíamos que eles entrariam intranquilos em campo. Aproveitamos isto, e tocávamos a bola com calma, até marcar. Sempre dei sorte contra o Corinthians, fui muito feliz no clássico, um dos que mais fez gols.

Hoje, a realidade é outra. O Corinthians já é campeão do mundo, agora tem uma arena maravilhosa, e o Palmeiras tem que aproveitar isto, porque a responsabilidade é só do Corinthians.

Nunca o favorito é o vencedor neste tipo de jogo, e espero que o Palmeiras consiga fazer um bom jogo, em uma das maiores histórias do futebol paulista. É um jogo para empate, o que espero é que dê tudo certo para os 2 mil torcedores que vão para a partida pelo metrô. Temos que ter respeito pelos torcedores que vão para o jogo.

Atacante fez nove gols em Dérbis pelo Palmeiras (Foto: Arquivo LANCE!)

Evair
"Dérbi é um divisor de águas"

O Corinthians não era o time que eu mais gostava de enfrentar pelo Palmeiras. Sempre foi difícil este clássico, por conta das circunstâncias, e se pudesse evitar fazer o Dérbi, eu evitaria. Mas hoje em dia é muito prazeroso ouvir sobre o retrospecto.

Era prazeroso enfrentá-los, tinha uma pressão muito grande para vencer, e servia como divisor de águas: se vencíamos, estava tudo bem, mas se perdíamos, tudo estava mal.

Eu me lembro de dois clássicos: um que fiz três gols (4 a 1, no Campeonato Brasileiro de 1994), além do que encerrou a fila (final do Paulista de 1993, quando marcou duas vezes).

Quando você trabalha, não se importa com os números, e agora é muito melhor saber desse meu retrospecto. Naquela época, quando falavam, não adiantava muito, porque depois você perdia um título e faltava algo. Ficava um pouco receoso, mas agora posso aproveitar mais esse retrospecto, que está aí, para todos verem.

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