No debute na Superliga, Brasília aposta em atletas experientes e consagradas

Thiago Silva comemora com o troféu da Copa das Confederações (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP)
Thiago Silva comemora com o troféu da Copa das Confederações (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP)

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Em sua primeira temporada na Superliga Feminina, o recém-criado time do Brasília Vôlei aposta em jogadoras renomadas e experientes para tentar surpreender. São elas a oposto Elisângela, de 35 anos e medalhista de bronze com a Seleção Brasileira em Sidney-2000, a ponteira Paula Pequeno, de 31 anos e bicampeã olímpica, a ponteira Érika Coimbra, de 35 anos e maior pontuadora da história da Superliga, e a central Danielle Scott, jogadora da seleção dos Estados Unidos que está com 41 anos.

Sétimo colocado na atual edição da Superliga, com 18 pontos (seis vitórias e cinco derrotas), o Brasília tem a média de idade mais alta da competição nacional (veja o quadro). Entretanto, a experiência das jogadoras, além de ser o trunfo do time candango, é o que faz com que as levantadoras Camila Adão, de 26 anos, e Flavinha, 23, fiquem à vontade no momento do passe.

— Não atrapalha nada. Pelo contrário, soma mais com jogadoras experientes. As mais velhas têm mostrado nesta Superliga que têm gás pra estar jogando. E a vantagem de um time ter quatro jogadoras que sempre se destacaram é a possibilidade de dar confiança às levantadoras e maior número de opções — avaliou Elisângela, uma das veteranas do grupo, ao LANCE!Net.

Apesar da idade, as quatro atletas mostram que ainda têm muita lenha para queimar no vôlei. O último jogo do Brasília (vitória por 3 sets a 1 sobre o Sesi) comprova que elas são as falanges da equipe da capital. Na ocasião, elas foram responsáveis por 52 dos 61 pontos do time (85%).

Elisângela figura até entre as melhores pontuadoras da liga. Com 122 pontos, média de 11, ela é a oitava melhor. As outras não ficam atrás: Érika tem média de nove pontos por jogo por jogo, Paula Pequeno tem oito e Dani Scott dez.

— São jogadoras de altíssima qualidade técnica e nós já esperávamos essa grande performance delas. Se não tiverem lesão e estiverem com a preparação física em dia, é certeza de bom rendimento. São técnicas. experientes e acostuadas a decidir vários títulos — analisou Sérgio Negrão, técnico do Brasília.

Hoje, pela 12ª rodada da Superliga, o Brasília encara o Molico/Osasco, às 21h30, em Osasco (SP).

MÉDIAS DE IDADE NA SUPERLIGA

Brasília Vôlei: 29,08 anos
Unilever: 27,2 anos
Rio do Sul/Equibrasil: 27 anos
Barueri Vôlei: 26,4 anos
São Bernardo Vôlei: 25,7 anos
Vôlei Amil: 25,7 anos
Molico/Osasco: 25,14 anos
Sesi-SP: 24,9 anos
Pinheiros: 24,5 anos
Uniara/Afav: 24,07 anos
Banana Boat/Praia Clube: 24 anos
São Cristóvão Saúde/São Caetano: 23,3 anos
Maranhão Vôlei: 22,7 anos
Minas Tênis Clube: 22 anos

COM A PALAVRA
Hernesto Luiz Hernandez
Preparador Físico do Brasília

A única que tem um foco realmente diferenciado é a Danielle Scott. Ela faz exercício com intensidade diferenciada, é orientada pela seleção americana. Nós fazemos uma reedição do treinamento que ela tem na equipe dos Estados Unidos e adapta à aparelhagem da academia. Focamos a preparação dela não no desenvolvimento da força, mas sim na manutenção, por conta da idade que ela já tem.

Com a Érika, Paula e Elisângela, o foco é no desenvolvimento, como é com todas as outras atletas. Em conceito, a preparação dessas três é a mesma que das outras atletas, o diferente é a forma como tratamos cada atleta. A Érka, que veio da europa, por exemplo, tem um referencial de treino diferente.

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