Dana White revela dificuldade com lutadores durante turnê mundial

A passagem de Anderson Silva, Chris Weidman e Dana White pelo Brasil (Foto: Divulgação/UFC)
A passagem de Anderson Silva, Chris Weidman e Dana White pelo Brasil (Foto: Divulgação/UFC)

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Devido a quantidade de lutas importantes agendadas para o fim de 2013, o Ultimate resolveu fazer inéditas turnês mundiais para promover seus eventos. A primeira delas reuniu astros como Georges Saint Pierre, Jon Jones, Cain Velásquez e Ronda Rousey, junto a seus respectivos desafiantes. Na segunda, Anderson Silva e Chris Weidman viajaram por sete cidades em sete dias para promoverem a revanche do UFC 168. O resultado foi positivo, mas, devido ao perfil da maioria dos atletas, foi difícil convencer alguns a lidarem com esse tipo de compromisso com a imprensa. Quem afirma é Dana White, presidente da organização.

Em entrevista ao LANCE!Net, o dirigente explicou os pontos que motivaram a organização a fazer pela primeira vez uma turnê mundial com seus lutadores e revelou dificuldades para fazer alguns deles entenderem o quanto é importante participar desse tipo de promoção junto a imprensa. Segundo ele, muitos atletas não conseguem encarar o fato de que muitas vezes é necessário repetir uma resposta.

- Acredite em mim. Eu falo com eles até ficar azul... Eles não entendem. Só por que você respondeu aquela pergunta cinco minutos atrás com uma pessoa totalmente diferente não significa... Algumas vezes você fala com a sessão de esportes de um jornal e depois fala com a parte de vida pessoal do mesmo jornal ou alguém faz algo completamente diferente. Eles precisam de respostas da mesma pergunta, mas de outra forma para o público deles. É difícil fazer lutadores entenderem isso - revelou Dana White, em entrevista ao L!Net durante sua passagem pelo Brasil. 

Se lutadores tem dificuldade ao lidar com a imprensa, com o presidente do UFC é completamente diferente. Sua desenvoltura e facilidade diante das câmeras expressam a alma de um dos maiores promotores que o esporte já viu. Ao ser perguntado se concorda que é o membro da organização que tem o dom de ser o porta-voz, Dana concordou.

- Acho que sim. É engraçado, pois quando vamos a turnês como essas, as pessoas me perguntam: como você consegue continuar respondendo as mesmas perguntas de novo e de novo. Mas é isso o que faço. Todo repórter e pessoas que você conhece tem as mesmas perguntas ou algumas mesmas perguntas. Eles precisam de respostas, eles precisam saber. Não fico frutrado por isso. Isso não me incomoda. Os lutadores tem dificuldade em viajar por aí e falar com toda a mídia, pois não é realmente uma luta. Isso é o que eles fazem. O que nós fazemos é uma companhia, e é o que somos. E eu sou o cara - avaliou.

Confira um bate-bola com Dana White sobre a turnê mundial
Como surgiu a ideia de fazer turnês mundias?
Nós fizemos uma turnê mundial com todas as lutas que teremos até o fim deste ano e fez muito sucesso. Anderson Silva e Chris Weidman eram parte daquela primeira turnê, mas nós separamos para podermos fazer uma só para eles.

Mas isso era algo que vocês sentiram a necessidade de fazer?
Sentimos que era algo diferente, que nunca haviamos feito antes, O final do nosso ano é tão bom, com tantas lutas boas e acabou fazendo sentido montar uma turnê mundial.

O quanto isso é cansativo?
Isso não é divertido para ninguém. Você tem de viajar o tempo todo. São sete cidades em sete dias e é parte do trabalho. É o que fazemos. Não é a parte mais divertida do trabalho. Mesmo para a equipe que trabalha conosco. Os assessores voaram ontem de noite lidando com viagens e outras coisas. É duro, mas é o que fazemos.

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