A culpa é dele? Início de Gareca no Verdão tem mais problemas que o esperado
Os primeiros dias de Ricardo Gareca no Palmeiras têm sido mais difíceis do que o argentino esperava: além dos resultados ruins (três derrotas no Brasileiro e uma vitória na Copa do Brasil), o técnico perdeu jogadores que não esperava e não recebeu, ao menos até o momento, todos os reforços que pediu.
Após o jogo contra o Corinthians, domingo, o argentino disse não saber o que seus superiores pensam sobre o início fraco. As chances de demissão são nulas e os jogadores já saíram em defesa dele em entrevistas, mas o tempo para reforçar o time fica menor a cada dia e ele pode ser obrigado a se virar com o que tem.
A janela de transferências internacionais fecha no dia 13 de agosto. O zagueiro Tobio, o meia Allione e o atacante Mouche foram contratados a pedido do chefe, mas ele ainda quer ao menos um meia e um centroavante, posições carentes após as saídas de Valdivia (o clube solicitou que ele volte a a treinar) e Alan Kardec. Maxi Morález, do Atalanta (ITA), Facundo Ferreyra, do Shakhtar (UKR) e Lucas Pratto, do Vélez (ARG), estão na lista de desejos, mas os altos valores travam os acertos até aqui.
Para piorar, o clube tem perdido jogadores. Juninho foi liberado para o Fluminense quase ao mesmo tempo em que William Matheus, também lateral-esquerdo, acertou com o Toulouse (FRA). Gareca havia testado os dois no time titular em treinos, mas quem está jogando é Victor Luis, que tem pouca experiência.
Marquinhos Gabriel, que poderia ser opção no meio e no ataque, foi testado entre os 11 em um dia e no outro já estava no Al Nassr (SAU).
A tabela também não ajuda: Santos, Cruzeiro e Corinthians, que derrotaram o Verdão, estão entre os seis primeiros do Brasileiro.
O próximo rival pelo torneio é o Bahia, que briga contra a degola, mas depois vêm São Paulo e Atlético-MG. Reage?