Correspondente do L!Net comenta sobre renuncia de Domenicali


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Stefano Domenicali foi embora. Se pediu demissão, como anunciado oficialmente, ou foi mandado prá rua, pouco importa. Com ele, encerra-se uma era em que a Ferrari conquistou apenas um título em cinco temporadas, o de Construtores em 2008. Mas não dá para dizer que foi uma gestão fracassada. Em três deste cinco campeonatos, um piloto da Ferrari disputou o título até a última corrida, coisa que a McLaren, a Brawn/Mercedes e a Lotus, vencedoras de múltiplas corridas neste período, não conseguiram.

Mas Ferrari é Ferrari e o início ruim do time nessa nova era V6 custou o cargo de Domenicali. Ele havia cometido alguns erros em sua gestão - a demissão de Aldo Costa em 2011 julgo ter sido o pior deles - e sobrevivera a anos difíceis como este mesmo 2011 ou 2013. Foi um chefe de equipe simpático no trato com as pessoas e muito habilidoso na intrincada política interna de Maranello.

Eu acho que a responsabilidade das mazelas da Ferrari neste ano seja do chefe de motores Luca Marmorini e sua equipe - e não vejo muito sentido em mandar o chefe do time embora depois de apenas três corridas. Mas a mudança no comando do time já se desenhava há tempos e uma hora tinha que acontecer. Embora tenha sido o time que mais conseguiu desafiar a Red Bull nos últimos anos, os italianos sempre deram a impressão de ficar no “quase”. Faziam carros eficientes, mas com uma abordagem conservadora, impedindo que o modelo tivesse aquele algo a mais que garantisse uma fileira de títulos como na era Todt/Byrne/Brawn/Schumacher.

A nomeação de Marco Mattiacci é um passo arriscado nos lados de Maranello - o segundo em poucos meses, depois da decisão de colocar Kimi Raikkonen, um campeão do mundo, para correr com Fernando Alonso. Jovem, gestor competente da marca Ferrari na América do Norte, mas sem nenhum tipo de experiência na gestão esportiva. Pode ser um fracasso total, já que a história recente da F-1 premiou com vitórias chefes que vieram de dentro do automobilismo como Christian Horner, Eric Boullier, Martin Whitmarsh e o próprio Stefano Domenicali.

Mas não vamos esquecer de um tal Flavio Briatore, polêmico até o último fio de cabelo branco, mas que desembarcou na Fórmula 1 sabendo apenas como se geria uma cadeia que confeccionava roupas e amealhou um punhado de títulos e vitórias em pouco mais de uma década.

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