Coordenador do COB crê em Top-10 nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro


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Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) corre contra o tempo para deixar tudo pronto para receber os Jogos Olímpicos em 2016, centenas de atletas se preparam para representar o país. A meta já está traçada pelo Ministério do Esporte. E é bastante ousada. O Governo quer aproveitar todo o clima a favor que será criado com o fator casa e colocar o Brasil pela primeira vez na história no Top-10.

Para tanto, o Ministério calcula que será preciso alcançar ao menos 30 medalhas, uma marca bastante expressiva e nunca antes atingida na história das participações brasileiras em Jogos Olímpicos. O melhor aproveitamento do país em uma Olimpíada foi justamente na última edição, em Londres-2012, com 17 medalhas conquistadas – três ouros, cinco pratas e nove bronzes. Levando em consideração a classificação, a melhor foi na Antuérpia, em 1920, quando a delegação verde e amarela chegou ao 15º lugar no quadro de medalhas, conquistando uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. Mais recentemente, em Atenas 2004, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) trabalhou duro para levar o Brasil ao 16º lugar, com cinco ouros, duas pratas e três bronzes.

- Para ganhar essas 30 medalhas não está fácil. Em 2012, o Brasil ganhou 17 medalhas, mas é outro ciclo, alguns atletas já se aposentaram, e não é garantia que quem ganhou vai ganhar de novo. Então teremos que ganhar as 17 de Londres, mais 13. Mas existe uma perspectiva boa para a gente chegar - aponta o londrinense Antonio Carlos Gomes, coordenador de ensino do COB, em entrevista ao "Folha de Londrina".

Essa boa perspectiva, segundo o dirigente, está diretamente ligada ao investimento feito pelo Governo no esporte para este ciclo olímpico.

- O Governo Federal 'startou' uma série de suporte ao sistema de preparação de atletas. Por exemplo, temos a Bolsa Pódio, que todo atleta que é Top-20 do mundo pode requerer. Ela varia de R$ 8 a R$ 15 mil por mês, e essa bolsa deu uma certa tranquilidade aos atletas - conta.

O orçamento de preparação dos atletas brasileiros para 2016 praticamente dobrou em relação ao ciclo olímpico (quatro anos) de Londres 2012. Dos cerca de US$ 350 milhões utilizados na última preparação, a verba agora ultrapassa os US$ 600 milhões. As contas são feitas reunindo todos os recursos do COB através da Lei Agnelo-Piva (que destina 2% dos prêmios das loterias federais ao esporte olímpico), patrocinadores do COB e das Confederações, além dos programas de incentivo do Governo Federal como bolsa-medalha e bolsa-pódio. Para se ter uma ideia do valor, países como Austrália, França e Grã-Bretanha investem cerca de US$ 1 bilhão em seus ciclos olímpicos.


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