Com R$ 140 mi emprestados, Nobre não se vê como um ‘talão de cheques’

Flamengo x Palmeiras - Gilson Kleina (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Flamengo x Palmeiras - Gilson Kleina (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)

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O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) aprovou, por unamidade, as contas de setembro, apresentadas pela gestão de Paulo Nobre. O clube teve um déficit de R$ 1,9 milhão no mês, e quase R$ 15 milhões negativos em todo o ano. Para tentar coibir este problema, o presidente vem realizando empréstimos constantes ao clube - agora já são mais de R$ 140 milhões repassados pelo dirigente ao Verdão desde que assumiu o cargo.

A reunião do COF ocorreu na última sexta-feira, e o conselho mês a mês constata um crescimento no valor que o presidente colocou no clube. Sem um patrocionador master desde o início do ano passado, e com as receitas de TV comprometidas por gestões anteriores até o fim do Paulista de 2015, Nobre viu nos empréstimos a chance de tentar diminuir os problemas financeiros do Verdão. Ele, porém, nega ser o "talão de cheques" alviverde.

- Não sou um talão de cheque ambulante, estou tentando trazer ao Palmeiras, o meu clube de coração, a experiência que tive no mercado financeiro e na minha vida profissional. Posso dizer que no Palmeiras saiu mais água do que entrou. Não há mágica, a caixa acaba secando. É preciso ter responsabilidade financeira e criatividade para adquirir outras fontes de receita - analisou, em entrevista à rádio Jovem Pan.

- A grande verdade é que se você somar o dinheiro de 2013 e o de 2014, nós não tivemos o dinheiro de uma gestão inteira. Se eu fosse recorrer a bancos, o clube ficaria com uma dívida impagável. Se eu fosse só completar a receita gasta por gestões anteriores desta forma, o Palmeiras teria de pagar R$ 320 milhões a mais por taxas - analisou.

O Conselho Deliberativo do clube já aprovou o pagamento de cerca de R$ 104 milhões ao atual mandatário. A partir de abril do ano que vem, 10% da renda mensal do clube, independente do valor, será colocada em um fundo destinado à dívida com o candidato à reeleição. Desta forma, considera-se que o valor, acrescido apenas com a correção do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), será quitado entre dez e 15 anos.

Os R$ 40 milhões restantes ainda não estão nesta conta, pois vieram depois da aprovação do projeto, no início de setembro - as contas à época tinham sido apresentadas até julho. Espera-se, porém, que para esta quantia seja feito o mesmo trâmite.

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