Coluna Espírito Olímpico: endurecer os índices no atletismo é o caminho?
Atenção você atleta que almeja uma vaga na Seleção Brasileira de atletismo em grandes competições a partir de 2014, seja de qual categoria for: sua vida deverá ficar mais difícil no ano que vem para tentar conseguir um espaço na delegação. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) deverá adotar índices mais rígidos de classificação para eventos internacionais.
A medida foi discutida no último fim de semana, no Fórum Técnico de Alto Rendimento, em São Paulo, e deverá ser divulgada hoje em entrevista coletiva da entidade, juntamente com outras ações para tentar melhorar os resultados de nossos atletas. Mas a questão é: isso vai ajudar no crescimento da modalidade? Ou em outras palavras, isso vai auxiliar o Brasil a ganhar novamente medalhas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos?
Para não ficar em cima do muro, minha resposta seria sim, mas desde que acompanhada de outras ações. A própria CBAt criou índices mais fortes de classificação para a Olimpíada de Londres, e o Brasil saiu dos Jogos sem medalhas – fracasso que se repetiu no Mundial de Moscou-2013.
Esta ação da confederação pode ser comparada a um vestibular, em que apenas os mais capacitados conseguem vagas nas melhores universidades. Assim, os "aventureiros" acabam eliminados em uma seleção natural. E isto é algo positivo.
Mas, por outro lado, o fato da CBAt fazer um "vestibular" mais difícil não é apenas a única solução. A entidade precisará também ensinar seus "alunos" a tirarem notas boas neste processo, por meio da disseminação do esporte, incentivos e cobrança.
A coluna foi publicada na edição desta terça-feira no LANCE!