Da colheita de mandioca ao prestígio, Cicinho quer título para o pai

Daniel Cormier x Roy Nelson UFC 166 (FOTO: Getty Images)
Daniel Cormier x Roy Nelson UFC 166 (FOTO: Getty Images)

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O Santos terá um reforço importante para o segundo jogo da final do Paulista, contra o Ituano. Para reverter o placar desfavorável de 1 a 0, o Peixe contará com a volta de Cicinho, que não jogou a primeira partida, pois cumpriu suspensão.

O lateral-direito aliás, não tem o costume de ficar fora das decisões. Cicinho, que tem 25 anos, tem três títulos estaduais em seu currículo. Em dois estados diferentes. Foi bicampeão paraense, campeão brasiliense. Além disso, foi campeão do interior pela Ponte Preta.

Mas o lateral-direito, que jogou 15 dos 18 jogos do Santos neste Paulistão garante: o título deste ano, caso vir, terá um gosto especial para ele.

– É importante para qualquer um. Se a gente conseguir, vai ser o mais importante da minha carreira. Espero conseguir esse e muitos outros no Santos – disse, ao LANCE!Net,

Além da importância da conquista, o “experiente” em estaduais terá uma torcida especial na finalíssima contra o Ituano. Pela primeira vez seu pai estará presente no estádio.

– Com certeza a camisa do título seria para ele. As outras duas ficaram para minha mãe, ela sempre pedia. A do Remo e do Brasiliense foram para ela e a da Ponte ficou para mim. Esse, se o Santos conseguir, vai ser para ele – afirmou o lateral.

Para acompanhar o filho, Marciano fará uma viagem longa: de Inhangapi, no interior do Pará, a São Paulo. A distância é de cerca de 2.500 km (em linha reta), viagem que levaria quase 39h se fosse feita de carro.

Cicinho ainda lembra da infância em Inhangapi. Foi na cidade que teve seu primeiro emprego:

– Tinha uns 15 ou 16 anos. E lá no interior do Pará é muito forte para a sobrevivência a mandioca. Eu colhia para fazer farinha, para vender e sustentar a casa – lembrou.

Da mandioca à lateral do Santos. Agora falta o título para o pai.

BATE-BOLA com Cicinho
Lateral do Santos, ao LANCE!Net

Como foi só assistir ao jogo?
Vi o jogo em casa, pela televisão. Quando eles fizeram 1 a 0, eu sabia que a gente tinha qualidade para reverter, mas não conseguimos jogar bem. Já sabemos o que fazer para reverter a situação.

Ficou fora só de três jogos e assistiu poucas partidas fora de campo. Como é o Cicinho torcedor?
Vi sozinho, gosto de ficar concentrado, quieto no sofá. E eu sofro bastante, por isso nem vou ao estádio. Fiquei muito preocupado. Tenho certeza que temos qualidade para vencer se apresentarmos o que jogamos na Vila antes.

O Oswaldo disse que você e o Mena são importantes, como foi receber esse elogio?
Um elogio vindo dele é sempre muito bom. Ele é campeão de tudo, ele tem uma experiência. A formação vem se repetindo há muito tempo, apesar do Bruno e do Emerson serem bons jogadores muda um pouco o entrosamento. Espero que voltando a gente possa fazer as coisas darem certo para ser campeão.

Qual é seu histórico em finais?
Nunca fui expulso ou fiz gols, mas fui bastante proveitoso, ajudei os companheiros, foram jogos difíceis, mas deu certo na maioria.

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