COI não vai impor suas regras para a venda de ingressos dos Jogos Rio-2016


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O desmantelamento de uma quadrilha internacional de venda de ingressos da Copa do Mundo, pela polícia brasileira, fez com que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tomasse a decisão de submeter todo o projeto de comercialização das entradas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 ao poder judiciário brasileiro. A medida foi comunicada a presidente Dilma Rousseff por Tomas Bach, mandatário da entidade internacional.

No encontro de sexta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, Bach informou que o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 foi autorizado a submeter o plano de vendas dos ingressos aos órgãos fiscalizadores do país. A medida tem por objetivo evitar rusgas com a Justiça brasileira e dar transparência às ações de venda dos tíquetes.

O sistema de ingressos das edições de Jogos Olímpicos é totalmente diferente do utilizado na Copa do Mundo. As entradas para o Mundial de futebol são operadas, vendidas e seu faturamento estão sob responsabilidade da Fifa. Já nos Jogos Olímpicos, a tarefa de vender e a arrecadação ficam com o Comitê Organizador dos Jogos. O COI não comercializa nem recebe receitas oriundas dos tíquetes.

A previsão é a de que o lançamento do programa de ingressos seja feito em setembro. No total, nove milhões de tíquetes serão disponibilizados ao público, bem mais do que a Copa, que teve limite de 3 milhões.

Outra decisão tomada é a de que as categorias de ingressos serão dividas em partes iguais dentro das arenas. Os ingressos de maior valor terão, no mínimo, o mesmo espaço das entradas mais baratas.

Na Copa do Mundo, a maior parte dos assentos nos estádios foi destinada aos ingressos mais caros.

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Três milhões de ingressos gratuitos

Além dos nove milhões de ingressos que serão vendidos, o Comitê Rio-2016 estima que três milhões de pessoas terão a oportunidade de assistir a provas gratuitas nos Jogos Olímpicos. Isso porque as disputas de ciclismo de estrada, maratona, remo e triatlo, por serem realizadas ao ar livre, não terão entradas disponibilizadas para negociação.

Nas provas em que os ingressos serão vendidos, já está decidido que existirão locais em que o valor mínimo dos tíquetes será de dez dólares (R$ 22). A grande oferta de tíquetes, inclusive, deverá ajudar a diminuir a ação de cambistas, de acordo com o Comitê Rio-2016.

Desde os Jogos Olímpicos de Londres-2012, o Comitê Olímpico Internacional (COI) redobrou a atenção para a prática de venda irregular de ingressos. Na capital inglesa, vários escândalos ocorreram.

Vários comitês olímpicos nacionais foram acusados de revenderem seus ingressos ou se aliarem a agências de viagens, sem direitos de comercialização para negociar os tíquetes.

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