Por chance histórica, azarões desafiam Uruguai e México na repescagem

Beckham visita Seleção Brasileira em Miami (Foto: Rafael Ribeiro/ CBF)
Beckham visita Seleção Brasileira em Miami (Foto: Rafael Ribeiro/ CBF)

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Uruguai e México se complicaram nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 e agora terão de enfrentar duas seleções com pouca tradição no futebol, mas sedentas para escreverem o nome como duas das maiores zebras de todos os tempos. Nesta quarta-feira, os campeões mundiais de 30 e 50 visitam a Jordânia, em Amã. Horas depois, a Tri recebe a Nova Zelândia, no Estádio Azteca.

No Oriente Médio, a idolatria é maior com o adversário do que com a própria seleção local. Astros na Europa, Suárez e Cavani foram os mais assediados, ao passo que a população deu pouca atenção aos treinamentos da Jordânia.

O egípcio Houssan Hassan, técnico do time asiático, sabe que um bom resultado em Amã pode trazer a devoção para o outro lado.

– Não tememos o Uruguai. Aprendi, como jogador, a acreditar no impossível. Precisamos de 200% de doação para alcançarmos o sonho de estar no Brasil – prega o treinador que disputou a Copa de 90, na Itália.

Somado, o valor de mercado de todos os jogadores da Jordânia não paga a metade do valor de um dos craques da Celestes, apenas a quinta colocada numa eliminatória que não contou com a presença do Brasil.

No outro confronto, os All Whites buscam a classificação para desenvolverem ainda mais o futebol do país. Uma criança neozelandesa aprende que a bola é oval e pratica o rúgbi desde cedo. Para mudar a mentalidade, o país já conseguiu “expor-
tar” alguns jogadores para ligas europeias, como Inglaterra, Escócia e França. O amadorismo, todavia, ainda está presente no esporte.

Decisão arriscada

O técnico do México, Miguel Herrera, contratado para os dois jogos de repescagem, tomou uma decisão arriscada: abriu mão dos jogadores que atuam no exterior e convocou apenas nomes do futebol local, sendo dez do América, clube pelo qual foi o treinador antes da seleção.

A Tri só está na repescagem graças aos Estados Unidos, que venceu Panamá nos acréscimos.

JORDÂNIA

Devoção

Apesar da pouca tradição (filiou-se à Fifa apenas em 1958), o esporte é popular no país. A maioria dos jogadores atua na liga local.

Copa do Mundo

Nunca disputou um Mundial. Jogar uma repescagem também é inédito para a seleção. Os melhores resultados foram obtidos na Copa da Ásia, quando chegou às quartas de final em 2004 e 2011.

Verde-amarelo

O brasileiro Edson Tavares foi o treinador da Jordânia em 1986. Ele ficou apenas um ano no país.

NOVA ZELÂNDIA

Pouca tradição

O futebol não tem o mesmo apelo do rúgbi e do cricket. Sem incentivo, alguns jogadores da seleção são amadores e outros estão sem clubes.

Copas do Mundo

A Nova Zelândia estreou em 1982, na Espanha, caindo na fase de grupos, com três derrotas. Em 2010, na África do Sul, os All Whites foram eliminados, mas somaram três pontos, com três empates.

Oceania

Tornou-se a principal seleção do continente com a entrada da Austrália na Confederação Asiática.

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