Caseiro, calado e politizado: os trunfos de Martin Silva para superar Cavalieri


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Martin Silva não é um jogador carismático. Nem faz questão de ser. Mas ele não precisa disto. Em pouco mais de um ano, o caladão goleiro vascaíno é considerado incontestável pela torcida, apesar de pouco afeito aos holofotes. Frio e seguro, o uruguaio, de 31 anos, é um dos principais personagens do clássico deste domingo, contra o Fluminense, no Nilton Santos.

Ano passado, Martin Silva foi contratado com a missão de encerrar a péssima fase vivida pelo gol vascaíno, desde a saída de Fernando Prass. O objetivo foi cumprido com êxito, tanto que do time que começou 2014, como titular, apenas ele, Luan e Rodrigo se mantiveram.

Não se sabe ao certo a receita para o sucesso do uruguaio. Talvez possa ser o estilo de vida tranquilo que leva no Rio de Janeiro. Martin mora em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, com a mulher e as três filhas. De lá, sai apenas para treinar e jogar. Refeição, só em casa. De preferência, um bom churrasco acompanhado de música uruguaia e poucas conversas sobre política.

Para ele, a família é prioridade total. Um exemplo disso é que no ano passado a filha mais nova, Pilar, teve complicações no nascimento. Por isso, Martin ficou uma semana em Montevidéu, no Uruguai, e voltou às vésperas da semifinal do Campeonato Carioca, contra o próprio Flu.

Apesar do estilo calado e das poucas conversas com os atletas, Martin é elogiado pelo técnico Doriva:

- É um jogador de muita qualidade, muito seguro e equilibrado. Tem aquele sangue uruguaio. Não quer perder nunca. É importante ter essa personalidade no vestiário.

De fato, Martin não precisa falar. Precisa jogar. E isso ele faz bem.

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