Em casa! Fábio Santos volta ao Morumbi, dez anos após ‘estreia’

Fabio Santos - Corinthians (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)
Fabio Santos - Corinthians (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)

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Morumbi, torcida do São Paulo em peso e só três mil corintianos nas arquibancadas. Mesmo assim, Fábio Santos estará em casa. Quase dez anos após estrear como profissional no estádio, o lateral-esquerdo volta ao Cícero Pompeu de Toledo atrás do título da Recopa Sul-Americana. Nesta quarta-feira, do outro lado.

Foi no dia 6 de agosto de 2003, ainda com 17 anos e apenas um jogo no time principal com o técnico Roberto Rojas – havia enfrentado o Grêmio, no Olímpico, quatro dias antes –, que teve a experiência no empate contra o Cruzeiro. Inesquecível.

– Lembro que estava todo mundo da minha família lá. Pai, mãe, irmãs... Foi um dia especial na minha vida – contou, em entrevista ao LANCE!Net.

Na memória dele, que passou quase uma década atuando pelo rival, o primeiro jogo como amador no gramado do Morumbi foi ainda mais marcante. Ainda com 13 anos, estreou diante do Guarani e conseguiu até comemorar gol na sua exibição:

– Foi um sonho! E deu tudo certo. Ficava ali boa parte do dia, o pessoal morava embaixo das escadas e eu, com cinco anos de clube, nunca tinha jogado no Morumbi. Era nego tirando foto para tudo que é lado.

Sem esconder a gratidão pela instituição que o revelou para o futebol, Fábio Santos também tem um motivo para tirar uma casquinha do São Paulo. Até agora, atuando pelo Corinthians, nunca perdeu no Morumbi em três jogos. Antes disso, também garante que, em três anos como profissional por lá, perdeu poucos jogos. É inevitável, o local costuma lhe dar sorte.

Tão íntimo do estádio, Fábio curtia a liberdade para “espiar” partidas até de outros times, como a semifinal da Libertadores de 1999, entre Corinthians e Palmeiras. As maiores lembranças, porém, foram as que viveu dentro do campo: a final da Libertadores de 2005, quando entrou nos minutos finais contra o Atlético-PR para participar do título do Tricolor, e a semifinal do Paulistão desse ano, quando converteu sua cobrança na decisão contra o rival.

Apesar do passado, o lateral acha que será lembrado em 15 ou 20 anos como o “Fábio Santos do Corinthians”, devido aos títulos e identificação. Hoje, terá ajuda para se sentir à vontade na antiga casa.

– Mesmo com a nossa torcida em menor número, vão fazer barulho. Quem lotou o Japão pode fazer qualquer coisa. Todos os locais ali do Morumbi eu conheço, é um lugar especial para mim. Tomara que venha mais uma boa lembrança.


Fábio Santos

Lateral-esquerdo do Corinthians, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net

‘Pedia para dormir no Morumbi para ver jogos’

Você ficou alguns jogos no banco sem entrar e estreou como titular pelo São Paulo. Foi ruim esperar?
Verdade. Eu tinha ficado no banco vários jogos, mas não entrei. Dava tudo no treino e chegou o dia. Ali era tudo bacana, um sonho de moleque ser profissional e jogar em um os maiores campos do mundo.

E no dia, muita ansiedade?
Rola uma ansiedade, mas tive jogadores que me ajudaram muito e conversavam comigo. Era jovem para responsabilidade, não tinha noção do que tava acontecendo. Tinha muita ajuda dos jogadores, por isso não senti muito a pressão.

Você acompanhava direto jogos decisivos no Morumbi?
Eu não morava no estádio porque sou da cidade. Não podia pegar espaço de meninos que vieram de longe... Mas eu pedia para dormir sempre de quarta e quinta-feira para ver os melhores jogos. Entrava por trás... Isso era muito legal.

Você listou títulos como melhores momentos por lá. E o pior?
Foi a morte do Serginho, zagueiro do São Caetano. Eu estava aquecendo atrás do gol, em frente a área que ele caiu na frente do Grafite, nos pés dele... Aquele momento foi muito triste. Fui o caminho inteiro para casa refletindo muita coisa.

Fora de campo, o que você mudou desde aquela estreia?
Eu aproveitava bem a cidade de São Paulo... (risos). Não tinha do que reclamar! Hoje tudo está diferente. Conheci minha esposa em 2005, oito anos juntos. Agora tenho dois filhos. Mas eu soube aproveitar aquele momento, salário, comprar primeiro carro... curti muito.

Espera um jogo hoje do nível dos clássicos que você via na época?
Sim. É decisão. Por ser um clássico valoriza ainda mais o torneio. Queremos fazer mais história e isso acontece só com títulos.Tomara que a gente consiga se dar bem.


Pausa foi bem utilizada por ele

O camisa 6 não vive uma grande temporada tecnicamente, mas explica que o excesso de jogos é o que estava lhe atrapalhando. Ao todo, fez 28 no ano. Em entrevista, Tite chegou a falar sobre o assunto, e disse entender a queda do comandado.

– Brinco que essa pausa foi feita exclusivamente para mim. Os últimos jogos estavam difíceis, eu tinha muitas dores, tive quase seis viroses só esse ano, estava sem condições. Os reservas machucados, eu não podendo jogar, mas tive que entrar até mesmo sem condição. Isso faz parte, mas quando você entra em campo vai ser cobrado...Tentei ajudar. O ano passado foi forte, joguei acho que 60 jogos. Já em 2013 tivemos uma pré-temporada pequena e senti um pouco mesmo, mas agora deu para descansar e fazer uma preparação bacana. Dá para voltar com tudo – garante.


Morumbi, torcida do São Paulo em peso e só três mil corintianos nas arquibancadas. Mesmo assim, Fábio Santos estará em casa. Quase dez anos após estrear como profissional no estádio, o lateral-esquerdo volta ao Cícero Pompeu de Toledo atrás do título da Recopa Sul-Americana. Nesta quarta-feira, do outro lado.

Foi no dia 6 de agosto de 2003, ainda com 17 anos e apenas um jogo no time principal com o técnico Roberto Rojas – havia enfrentado o Grêmio, no Olímpico, quatro dias antes –, que teve a experiência no empate contra o Cruzeiro. Inesquecível.

– Lembro que estava todo mundo da minha família lá. Pai, mãe, irmãs... Foi um dia especial na minha vida – contou, em entrevista ao LANCE!Net.

Na memória dele, que passou quase uma década atuando pelo rival, o primeiro jogo como amador no gramado do Morumbi foi ainda mais marcante. Ainda com 13 anos, estreou diante do Guarani e conseguiu até comemorar gol na sua exibição:

– Foi um sonho! E deu tudo certo. Ficava ali boa parte do dia, o pessoal morava embaixo das escadas e eu, com cinco anos de clube, nunca tinha jogado no Morumbi. Era nego tirando foto para tudo que é lado.

Sem esconder a gratidão pela instituição que o revelou para o futebol, Fábio Santos também tem um motivo para tirar uma casquinha do São Paulo. Até agora, atuando pelo Corinthians, nunca perdeu no Morumbi em três jogos. Antes disso, também garante que, em três anos como profissional por lá, perdeu poucos jogos. É inevitável, o local costuma lhe dar sorte.

Tão íntimo do estádio, Fábio curtia a liberdade para “espiar” partidas até de outros times, como a semifinal da Libertadores de 1999, entre Corinthians e Palmeiras. As maiores lembranças, porém, foram as que viveu dentro do campo: a final da Libertadores de 2005, quando entrou nos minutos finais contra o Atlético-PR para participar do título do Tricolor, e a semifinal do Paulistão desse ano, quando converteu sua cobrança na decisão contra o rival.

Apesar do passado, o lateral acha que será lembrado em 15 ou 20 anos como o “Fábio Santos do Corinthians”, devido aos títulos e identificação. Hoje, terá ajuda para se sentir à vontade na antiga casa.

– Mesmo com a nossa torcida em menor número, vão fazer barulho. Quem lotou o Japão pode fazer qualquer coisa. Todos os locais ali do Morumbi eu conheço, é um lugar especial para mim. Tomara que venha mais uma boa lembrança.


Fábio Santos

Lateral-esquerdo do Corinthians, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net

‘Pedia para dormir no Morumbi para ver jogos’

Você ficou alguns jogos no banco sem entrar e estreou como titular pelo São Paulo. Foi ruim esperar?
Verdade. Eu tinha ficado no banco vários jogos, mas não entrei. Dava tudo no treino e chegou o dia. Ali era tudo bacana, um sonho de moleque ser profissional e jogar em um os maiores campos do mundo.

E no dia, muita ansiedade?
Rola uma ansiedade, mas tive jogadores que me ajudaram muito e conversavam comigo. Era jovem para responsabilidade, não tinha noção do que tava acontecendo. Tinha muita ajuda dos jogadores, por isso não senti muito a pressão.

Você acompanhava direto jogos decisivos no Morumbi?
Eu não morava no estádio porque sou da cidade. Não podia pegar espaço de meninos que vieram de longe... Mas eu pedia para dormir sempre de quarta e quinta-feira para ver os melhores jogos. Entrava por trás... Isso era muito legal.

Você listou títulos como melhores momentos por lá. E o pior?
Foi a morte do Serginho, zagueiro do São Caetano. Eu estava aquecendo atrás do gol, em frente a área que ele caiu na frente do Grafite, nos pés dele... Aquele momento foi muito triste. Fui o caminho inteiro para casa refletindo muita coisa.

Fora de campo, o que você mudou desde aquela estreia?
Eu aproveitava bem a cidade de São Paulo... (risos). Não tinha do que reclamar! Hoje tudo está diferente. Conheci minha esposa em 2005, oito anos juntos. Agora tenho dois filhos. Mas eu soube aproveitar aquele momento, salário, comprar primeiro carro... curti muito.

Espera um jogo hoje do nível dos clássicos que você via na época?
Sim. É decisão. Por ser um clássico valoriza ainda mais o torneio. Queremos fazer mais história e isso acontece só com títulos.Tomara que a gente consiga se dar bem.


Pausa foi bem utilizada por ele

O camisa 6 não vive uma grande temporada tecnicamente, mas explica que o excesso de jogos é o que estava lhe atrapalhando. Ao todo, fez 28 no ano. Em entrevista, Tite chegou a falar sobre o assunto, e disse entender a queda do comandado.

– Brinco que essa pausa foi feita exclusivamente para mim. Os últimos jogos estavam difíceis, eu tinha muitas dores, tive quase seis viroses só esse ano, estava sem condições. Os reservas machucados, eu não podendo jogar, mas tive que entrar até mesmo sem condição. Isso faz parte, mas quando você entra em campo vai ser cobrado...Tentei ajudar. O ano passado foi forte, joguei acho que 60 jogos. Já em 2013 tivemos uma pré-temporada pequena e senti um pouco mesmo, mas agora deu para descansar e fazer uma preparação bacana. Dá para voltar com tudo – garante.

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