Carol, a jogadora que comeu pelas beiradas na Unilever


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Em meio a estrelas como Fofão e Fabi, além da jovem revelação Gabi, todas titulares incontestáveis na Unilever, a central Carol chegou de mansinho, ganhou seu espaço e se tornou uma das peças fundamentais na conquista do nono título da Superliga da equipe, no domingo. Revelada no vôlei mineiro, a jogadora de 23 anos teve ótima atuação na final contra o Sesi-SP e foi a autora do ponto do título.

Carol já tinha jogado na Unilever, entre 2011 e 2012. Foi vice-campeã da Superliga, mas sua passagem foi discreta. Sem perspectiva de ser titular no lugar de Juciely ou Valeskinha, aceitou proposta para voltar ao Pinheiros pois seria protagonista na equipe. Após uma boa temporada no time paulista, recebeu o convite para retornar.

– Eu precisava jogar mais e o Pinheiros estava de porta aberta. Conversei com meus pais e decidi aceitar. Ter saído foi fundamental para a minha evolução. Hoje sou uma jogadora mais madura. Ter sido chamada de volta foi muito gratificante – disse Carol, que ontem visitou a redação do LANCE!, no Rio.

Na Superliga 2013/2014, a central chegou para brigar pela posição com Natasha, também contratada para esta Superliga, Juciely e Valeskinha. Com a lesão sofrida por esta última, acabou ganhando uma oportunidade como titular. E não desperdiçou.

No bloqueio, principal fundamento para uma central, Carol ficou em segundo lugar nas estatísticas da Superliga. Foi superada apenas pela central Thaísa, do Molico/Osasco.

Entre as maiores pontuadoras da competição nacional, Carol ficou em 28, empatada com a ponteira Paula Pequeno, do Brasília Vôlei. Mas se for considerado apenas as centrais, ela sobe para a 6 colocação.

Na final, Carol foi a única jogadora da Unilever que pontuou em todos os fundamentos. Foram quatro de ataque, três de bloqueio e dois de saque, totalizando nove acertos.

– Infelizmente a Val se machucou e surgiu a oportunidade. Pude aparecer e mostrar que podia ser titular. A comissão técnica confiou em mim.

Com a boa temporada, Carol já renovou contrato com a Unilever.

Críticas serviram de inspiração

Carol frisou que os momentos difícieis na Superliga, as cinco derrotas e as críticas foram fundamentais para que a Unilever conquistasse o seu nono troféu.

– Críticas vão sempre acontecer, seja com o time bem ou mal. Mas foi pesado, faltou respeito de algumas pessoas. Falavam para pensarmos na próxima temporada. Engolimos e a negatividade conspirou a favor.


Bate-Bola:

Carol
Central da Unilever, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net

Você realizou o sonho de ser campeã da Superliga jogando de titular. Qual o próximo sonho? Seleção Brasileira, talvez....
Eu pondero muito as coisas. Todo mundo sonha em estar na Seleção. Mas é uma passo de cada vez. Se vier a convocação, ficarei feliz.

Como foi encarar a responsabilidade de ser titular na Unilever?
Todas as meninas e a comissão técnica ajudaram para tirar um pouco a pressão. Na Unilever, as coisas são simples e você fica à vontade para jogar. A Natasha, minha companheira de quarto nas viagens, me ajudou com sua experiência. Minha ascensão vem por conta de tudo isso.

Qual a participação do Bernardinho nessa sua ascensão?
Total. Ele cobra muito, mas só naquilo que sabe que você tem capacidade de fazer melhor. Procuro aprender com tudo que ele fala.

Você é uma central baixa (1m83). Como compensa isso?
Felizmente, fui agraciada com a capacidade de saltar muito. E também tenho boa leitura do jogo.

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